A criação de empregos formais no Brasil teve queda de 25,9% no
primeiro semestre de 2012 em comparação ao mesmo período de 2011, o que
corresponde a cerca de 366 mil vagas a menos abertas no mercado de
trabalho. No mesmo período do ano passado, as vagas com carteira
assinada somaram 1,4 milhão, período que acompanhou o pico de 2010,
quando foram criados 1,6 milhão de empregos formais. Em 2012, foram
pouco mais de 1 milhão de novas vagas. Os dados são do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje (20) pelo Ministério
do Trabalho e Emprego (MTE).
Em junho, seguiu-se a tendência de redução ao longo do primeiro
semestre. Foram abertos 44% postos formais a menos do que em maio – o
equivalente a 121 mil vagas.
O setor que mais criou empregos nos primeiros seis meses do ano foi o
de serviços, que ofereceu cerca de 469 mil postos, seguido pela
construção civil, com aproximadamente 205 mil. A indústria de material
de transporte, por outro lado, teve queda equivalente a 3,7 mil vagas.
Os estados com os maiores saldos de criação de empregos formais foram
Santa Catarina (57,5 mil vagas), Mato Grosso (37,8 mil) e o Distrito
Federal (18,4 mil). Alagoas foi o único estado com saldo negativo, 37,5
mil postos formais a menos. De acordo com o MTE, o decréscimo foi
resultado da seca que atingiu o setor de cana-de-açúcar.