Sindicato protesta contra ações antissindicais do Itaú

A manhã desta
terça-feira, dia 10, foi de protesto na agência do banco Itaú
localizada na avenida Caxangá, um dos principais corredores
bancários do Recife. A unidade foi interditada pela Dircon
(Diretoria de Controle Urbano da Prefeitura) no dia 28 de junho. Mas,
na semana passada, o Sindicato flagrou bancários trabalhando no
interior da agência.

Após matéria postada aqui no site
denunciado o trabalho no local, mesmo com a interdição, o banco
impediu a entrada do diretor do Sindicato, Fábio Régis, responsável
por dar assistência aos bancários daquela região.

A atitude
antissindical ocorreu na última sexta-feira, dia 6, e se repetiu
nesta segunda, 9. De acordo com um funcionários que preferiu não
ter o nome revelado, a ordem para não permitir a entrada do
dirigente sindical partiu gerente regional operacional do banco, Cristiane Mota.

Na manhã desta terça, 10,
após pressão do Sindicato, uma comitiva de diretores da entidade
teve acesso ao interior da agência e pôde exercer o direito
democrático e constitucional de dialogar com os trabalhadores do
banco.

Contatado pelo telefone, o funcionário da Diretoria de Relações
Intersindicais do Itaú, Luís Cláudio, tentou amenizar a situação
alegando que a orientação era de não permitir que fossem feitas
fotografias no interior da agência por motivos de segurança.

O
secretário geral do Sindicato, Fabiano Félix, que participou da
atividade realizada esta manhã, foi bastante contundente ao condenar
a atitude antissindical do banco em tentar impedir o acesso dos
representantes da categoria no interior da unidade. “Conseguimos
entrar hoje na unidade, conversamos com os funcionários e mostramos
que a postura do banco não se coaduna com o estado democrático de
direito. O Sindicato realiza suas atividades por força dos acordos
internacionais e sobre a égide da OIT (Organização Internacional
do Trabalho) e da nossa convenção coletiva”, argumentou o
dirigente.

Ainda de acordo com o Fabiano, o trabalho na
agência interditada agrava a falta de segurança e expõe os
trabalhadores a um risco ainda maior. “Essa agência
encontra-se interditada pela Dircon. Mas infelizmente os funcionários
continuam trabalhando internamente. O Sindicato entende que se não
há segurança para atender a população também não há segurança
para os bancários. Vamos cobrar dos órgãos fiscalizadores,
principalmente da Dircon, para que estabeleça os limites dessa sua
interdição. Sobretudo para que os trabalhadores não fiquem
sujeitos à falta de segurança”, esclareceu Fabiano.

Já o
secretário de Saúde do Sindicato, Wellington Trindade, destacou a
importância da atividade realizada na manhã desta terça-feira.“Se
a agência está interditada para o atendimento ao público por falta
de segurança, a nosso ver também não tem segurança para os seus
funcionários. Quanto à tentativa de impedir que o Sindicato exerça
seu trabalho, quero dizer que estamos alerta e não vamos permitir
que situações deste tipo volte a ocorrer”, disse Wellington.

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