Reunião do Sindicato com o BB discute assédio moral e condições de trabalho

O calor no prédio do
Edifício Capiba, onde funciona o CSO (Centro de Suporte Operacional)
do Banco do Brasil, foi um dos pontos tratados em reunião do
Sindicato com representantes do banco na semana passada. Na manhã
desta segunda (17), o mau funcionamento do sistema de refrigeração
do prédio foi motivo de protesto (leia
aqui). Os representantes do
banco deram um prazo até a sexta-feira, 20, para solucionar o
problema. Nova reunião será realizada nesta quarta, com presença
do Sesmt (Serviço Especializado de Medicina e Segurança no
Trabalho), da engenharia e da administração predial.


Este
foi apenas um dos pontos tratados na reunião, que contou com
representantes da Gepes (Gerência de Pessoas), Superintendência e
Sesmt. O Sindicato levou ao banco várias denúncias, inclusive de
assédio moral. Há casos de trabalhador que passou a ser perseguido
depois de descomissionado e chegou a ser ameaçado de demissão por
justa causa por insubordinação. Há casos de pessoas que foram
afastadas sem instauração de processo administrativo e permanecem
em casa sem sequer saber o porquê. O banco ouviu os relatos e
garantiu que iria analisar os casos.


Outra denúncia
apresentada pelo Sindicato diz respeito a condições de trabalho.
São gerentes de serviços que, depois da reestruturação do BB 2.0,
além de executar suas funções, passaram a responder também pelas
carteiras menos rentáveis. “O caso mais explícito é o da agência
de Marim dos Caetés, em Olinda. O gerente de serviços, além de
cumprir o seu trabalho, que não é pouco, ainda se responsabiliza
pela maioria dos clientes, que são a população mais simples, que
movimenta menos dinheiro”, explica o secretário-geral do
Sindicato, Fabiano Félix. Os representantes do banco admitiram que
alguns ajustes são necessários e garantiram que será feita uma
reavaliação.


Outros dois problemas foram denunciados: as
chamadas centrais clandestinas de crédito, que estão funcionando
sem adequação às normas legais que regem este tipo de serviço. E
a inauguração da agência de Peixinhos sem o cumprimento de todas
as medidas exigidas pelas leis de segurança bancária.


O
Sindicato cobrou, ainda, o cumprimento do cronograma de
reaproveitamento das pessoas que sofreram descomissionamentos durante
o processo de extinção do CSO-TAA, setor da Central de Suporte
Operacional do Banco do Brasil que monitorava os terminais de
autoatendimento; bem como os da compensação do CSL. O banco
informou que o cronograma está sendo cumprido e faltam realocar
cerca de dez pessoas do CSO e outras três do CSL.


Por fim, o
Sindicato entregou aos representantes do banco uma carta dos
concursados de 2009. O BB informou que a validade do concurso foi
prorrogada até 2013 e que os aprovados serão chamados na medida em
que se fizer necessário.

Expediente:
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