Brasil e emergentes cobrarão presença maior no FMI em reunião do G-20

Após terem imposto severas exigências para socorrer a Grécia, países da
zona do euro serão, por sua vez, cobrados pelos emergentes, esta semana,
a respeitar certas condições para verem aumentados os recursos para o
Fundo Monetário Internacional (FMI). Também existe a disposição dos
países em desenvolvimento em apresentar candidato à presidência do Banco
Mundial (Bird). O atual presidente deixa o cargo no dia 30 de junho.


Na reunião de ministros de finanças e de presidentes de bancos centrais
do G-20, no fim de semana no México, os europeus querem convencer os
países não europeus a se comprometerem logo com recursos adicionais para
o FMI e evitar que a instabilidade da zona do euro se propague. Dos US$
600 bilhões que o FMI necessita, há apenas US$ 240 bilhões de
compromissos firmes, vindos dos próprios europeus como meio de driblar a
regra do Banco Central Europeu (BCE) de não emprestar aos governos, e
também de transferir o risco de crédito para o balanço do fundo.


No G-20, o Brasil, China, Índia e outros países vão cobrar que os
europeus deixem de bater o pé sobre dois compromissos já assumidos: a
ratificação da reforma de 2010 que ampliou o poder de voto dos
emergentes no FMI; e a revisão da forma de cálculo para nova
redistribuição de cotas.

Bird


Já no Bird, entre possíveis candidatos estão a secretária de estado
norte-americana, Hillary Clinton e o ex-conselheiro econômico da Casa
Branca, Larry Summers, mas os países emergentes podem indicar um
candidato. A intenção é garantir que os emergentes tenham as mesmas
condições de dirigir as instituições financeiras internacionais.

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