“BB é máquina de moer gente”, denuncia Sindicato

Quem chegou ao CSL
(Centro de Suporte Logístico do Banco do Brasil) nesta sexta-feira,
10 de fevereiro, foi recebido com suco de laranja. Logo no início da
manhã, o Sindicato armou uma barraca em frente ao prédio, chamada de Banca do
Dida, como é conhecido o presidente do BB, Aldemir Bendine.


A distribuição de suco feita pelo Sindicato foi uma forma de chamar a atenção de todos
para o fato de o banco ter se tornado uma máquina de moer gente. “A
prática do BB tem sido a de espremer os funcionários até o
esgotamento e, depois que ele adoece, jogar o bagaço fora”,
explica o secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix.


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A
escolha do CSL para ser palco do protesto tem sua razão de ser. “De
uns tempos para cá, a unidade passou a ser um foco de pressão para
que os gestores atinjam metas. Somente nos últimos dias, o Sindicato
recebeu cinco denúncias de assédio moral”, conta Fabiano. Destas,
três casos foram registrados na ouvidoria do banco.

O assunto
também já foi levado à Gerência de Pessoas do banco, que garantiu
que vai dar início, em breve, à investigação do assédio e que o
Sindicato poderá acompanhar o processo. Segundo Fabiano, o objetivo
do ato desta sexta foi chamar a atenção dos trabalhadores para a
necessidade de não se calar e denunciar qualquer abuso no ambiente
de trabalho. “O silêncio da vítima é o combustível do
assediador”, diz.

Reunião – Durante a tarde, o Sindicato
foi até a agência do Banco do Brasil de Olinda para se reunir com
os trabalhadores. A conversa era parte de um calendário de reuniões
que estão sendo realizadas nas agências do banco. Como a unidade
estava lotada e a quantidade de serviços era grande, o Sindicato
preferiu conversar informalmente com os bancários e adiar a reunião
para a próxima terça, dia 14.


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