Centrais sindicais debatem trabalho decente no Fórum Social Temático

A oficina Mundo do Trabalho, promovida pelas centrais sindicais, ocoreu na tarde de quarta-feira, dia 25, no teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, durante o Fórum Social Temático (FST) 2012, em Porto Alegre. Os trabalhadores lotaram o auditório para ouvir sindicalistas brasileiros e estrangeiros que debateram o movimento sindical e as perspectivas do Trabalho Decente e da Crise do Capital Mundial.

O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, deu as boas vindas aos participantes e afirmou que a saída da crise econômica está no mundo do trabalho. “Trabalhadores do mundo todo querem soluções e com o modelo adotado no Brasil, mostramos que é possível enfrentar a crise do capital”, disse.

O secretário-eral da CUT, Quintino Severo, ressaltou a importância do Brasil sediar a Conferência do Trabalho Decente. “Pela primeira vez temos a chance de realizar esse debate e temos um desafio imenso pela frente, pois é a nossa oportunidade de dialogar e buscar alternativas para melhorar o mundo do trabalho”, acredita.

Quintino também salientou a necessidade dos trabalhadores se prepararem para apresentarem na Rio+20 propostas que vão ao encontro da realidade do Brasil e da América Latina.

“Temos que defender as nossas propostas de cabeça erguida, todos os povos tem o direito de se desenvolver e lutar por um desenvolvimento sustentável, porém não vamos aceitar que os países do primeiro mundo, que já destruíram tudo, digam para nós que não podemos crescer porque temos que preservar o meio ambiente”, declarou.

Ele ainda lembrou que quando os países desenvolvidos falam em preservar a água, é o mesmo que fazem com o petróleo, para manter nas mãos de poucos. Por fim, Quintino parabenizou os participantes do evento, pois acredita que apenas com debates sobre o mundo do trabalho é que o capitalismo será derrotado.

O diretor da CUT, Cláudio Augustin, citou os avanços que ainda são um grande desafio para a classe trabalhadora. “Temos conquistas sociais sim, mas ainda uma alta taxa de juros, uma alta concentração de renda, somos campeões em acidentes de trabalho. Temos muito a crescer, porém, só com a luta conjunta será possível.”

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