Marcha de abertura do Fórum Social Temático 2012 valoriza diversidade



Sob o céu nublado e um calor abafado de 35º Celsius, começou nesta terça-feira (24) a marcha de abertura do Fórum Social Temático (FST) 2012, ligado ao Fórum Social Mundial (FSM), no centro de Porto Alegre. O tema do FST é Crise Capitalista e Justiça Social e Ambiental.

Tradicional caminhada pelas ruas da capital gaúcha desde a primeira edição do FSM, em 2001, a marcha reuniu milhares de manifestantes. Ele andaram pelas avenidas Borges de Medeiros e Ipiranga, por onde seguiram até o Anfiteatro Pôr-do-Sol, às margens do Rio Guaíba.

Na metade do trajeto, porém, o céu escureceu e uma forte pancada de chuva molhou os participantes. Ninguém reclamou. Ao contrário, a água virou motivo de alegria diante do ar quente e da seca que atinge várias regiões do Rio Grande do Sul.

A diversidade que deve marcar os debates do FST era visível na marcha, que contou com ativistas de movimentos sociais, centrais sindicais, estudantes, ambientalistas e comunidades alternativas.

O movimento sindical foi destaque. A CUT e outras centrais sindicais formaram blocos com caminhões de som para embalar a caminhada e dialogar com a população. 

Bancários presentes – Os bancários também marcharam. Estiveram presentes dirigentes da Contraf-CUT, Fetrafi-RS e Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, dentre outras entidades. Eles aproveitaram para distribuir panfletos convidando para o lançamento do livro A Pirataria Tucana e debate com o autor, jornalista Amaury Ribeiro Jr, nesta quarta-feira, dia 25, às 16h, na Casa dos Bancários.

Outra atividade dos bancários em parceria com a CUT-RS é a oficina sobre a Regulamentação do Sistema Financeiro, com palestra da professora e economista da Unicamp, Maria Alejandra Dali. A atividade será realizada nesta sexta-feira, dia 27, às 14h, também na Casa dos Bancários. 

Justiça social e ambiental – À frente da caminhada, um grupo de ambientalistas protestou contra as mudanças no Código Florestal, levando caixões com mudas de plantas, em alusão ao enterro das florestas brasileiras. 

Até domingo (29), o FST deve reunir cerca de 30 mil pessoas, segundo estimativas da organização do evento. Mais de 1.000 atividades estão programadas para ocorrer em Porto Alegre e em três cidades da região metropolitana: Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo. 

O foco do FST será a preparação para a Conferência das Nações para o Desenvolvimento Sustentável, que ocorre no Rio de Janeiro, em junho.

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