Desemprego descola do PIB e é o menor da história

Apesar de o país ter sido atingido pela crise global no terceiro trimestre, que ajudou a causar crescimento econômico zero, o mercado de trabalho voltou a apresentar neste fim de ano que mostra um certo “descolamento” em relação ao restante da economia. Em novembro, o desemprego medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 5,2%, foi o menor da história do país desde que a pesquisa começou a ser feita, em 2002.

O recorde anterior pertencia a dezembro de 2010, o último do mandato do ex-presidente Lula, de 5,3%.

A taxa medida pelo IBGE tinha ficado estável em 6% durante os três meses do PIB zero (julho, agosto e setembro), mas a partir de outubro voltou a cair (estava em 5,8% no levantamento anterior)

Em café da manhã com jornalistas nesta quinta-feira (22), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a explicação para o “descolamento” é que haveria um novo modelo de desenvolvimento do país, implantado a partir do início do governo Lula.

Segundo ele, nos últimos anos, o governo tem incentivado setores e atividades nos quais há mais espaço para os trabalhadores. Citou como exemplos o estímulo à construção de moradias populares, que ajuda a construção civil empregadora de mão de obra, e à agricultura, que representa 5% do PIB mas 25% dos empregos, e as políticas de apoio às micro e pequenas empresas, maiores geradoras de vagas novas.

“Esse é o segredo”, disse o ministro, apontando ainda programas sociais como motores da economia e do emprego. “A população brasileira nunca esteve tão bem servida de emprego.”

Segundo Mantega, se o Brasil não tivesse desacelarado a economia em 2011, talvez faltasse mão de obra para dar conta das necessidades gerais do empresariado.

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