Caixa vai rever cartilha e não prejudicará empregados que fizeram greve

A Caixa garantiu, na última rodada de negociações permanentes nesta sexta, 16, que vai alterar a cartilha de promoções por mérito para 2011, no trecho em que colocava a falta por greve como gerador de pontos negativos. “O Sindicato, assim como as entidades de todo o país, receberam muitas denúncias e reclamações com relação a isto. Os representantes dos empregados foram firmes no debate com a Caixa, que acabou voltando atrás e garantindo o que já havia sido acordado na Campanha: que os grevistas não serão prejudicados”, afirma a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.

Outro ponto de debate foi com relação a reestruturação da retaguarda. Denúncias do país inteiro foram levadas à direção da empresa: tesoureiros com carga excessiva de trabalho, acumulando funções que antes eram executadas por cinco pessoas; falta de estrutura e segurança; extrapolação de jornada e muita pressão. Em Pernambuco, o Sindicato chegou a convocar uma reunião com os tesoureiros e supervisores de atendimento para tratar do assunto, mas pouca gente compareceu. “Mas estamos visitando as agências e é importante que os bancários denunciem os problemas ao Sindicato. E que registrem as horas extrapoladas”, explica Jaqueline.  O banco garantiu que examinaria as denúncias apresentadas e daria uma resposta posteriormente.

Nova rodada de negociação permanente com a Caixa foi marcada para o dia 10 de fevereiro de 2012. Confira abaixo, outros pontos que foram negociados na sexta-feira:

CCV para 7ª e 8ª horas – A CEE/Caixa cobrou um retorno sobre a proposta da Comissão de
Conciliação Voluntária (CCV) em relação à sétima e oitava hora. A Caixa
pediu um prazo de mais 60 dias para dar uma resposta efetiva, pois
precisa da aprovação do Conselho Diretor da empresa.


A Caixa vai considerar o mês de setembro de 2011 como referência para
calcular a indenização de sétima e oitava hora, conforme o acordo
coletivo.

Aposentados – Os empregados reivindicaram a correção dos juros cobrados indevidamente
no cheque especial dos aposentados. A empresa informou que houve um
erro no sistema e pediu desculpas aos aposentados.


A correção começou a ser efetuada a partir do dia 9 de dezembro e, caso
ainda existam valores a serem devolvidos, o empregado deverá procurar
sua agência de relacionamento.

Carreira de TI – A CEE/Caixa cobrou da empresa maior valorização dos empregados do setor
de TI. A Caixa informou que está fazendo debates através de GTs
internos por meio da Vice-Presidência de Tecnologia da Informação
(Vitec) e da Vice-Presidência de Gestão de Pessoas (Vipes) para
promover maior valorização dos profissionais dessa área.

Trabalho voluntário em situações de calamidade – Empregados da Caixa que trabalharam como voluntários em situações de
calamidades (alagamentos, desmoronamentos…), como as que ocorreram em
Santa Catarina, tiveram suas horas extras abatidas indevidamente no
banco de horas da greve. A CEE/Caixa cobrou que a empresa corrija o
erro cometido e que faça o pagamento como horas extras. A empresa ficou
de avaliar a situação.

Assédio Moral e coação de testemunhas – A CEE/Caixa reivindicou da empresa mais agilidade para lidar com os
problemas de assédio moral que ocorrem dentro da Caixa. A empresa
informou que de fato o processo é demorado e passa por diversos
comitês, mas se comprometeu a tornar os procedimentos mais rápidos.


Empregados que são testemunhas em processos judiciais de seus colegas
estão sofrendo coação de superiores. A  Comissão de Empregados da Caixa considera esse caso
inaceitável e cobrou uma solução urgente da empresa. Os representantes
da Caixa explicaram que esse procedimento não é uma orientação da
direção da empresa e que tomarão as providências cabíveis.

Expediente:
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