Mais de 120 dirigentes sindicais do Itaú-Unibanco, de todas os estados do Brasil, decidiram, em encontro que se encerrou nesta quinta, 15, centrar fogo na defesa do emprego. O secretário de Saúde do Sindicato, João Rufino, representou os trabalhadores de Pernambuco. “O banco está querendo reduzir custos de toda forma. Então, abusa da rotatividade, substituindo funcionários mais antigos por outros mais novos e mais baratos”, denuncia Rufino.
Segundo ele, outra estratégia do banco para lucrar a todo custo é reduzir os gerentes operacionais. Em alguns locais, um único gerente operacional dá conta de até três agências. A insegurança também é um problema nacional do Itaú, que acumula lideranças nas estatísticas de assalto.
Para Rufino, o encontro ajudou os dirigentes a unificarem as linguagens para tratarem com o banco nas negociações permanentes. Além de debaterem a conjuntura nacional e os problemas do Itaú, os bancários definiram a pauta de reivindicações a ser tratada com a empresa. Entre os eixos, estão a garantia de emprego, com a aplicação das diretrizes da Convenção 158 da OIT – que proibe demissão sem justa causa.
Os trabalhadores vão cobrar ainda o cumprimento da jornada de trabalho, mais contratações, melhores condições de
trabalho e de segurança. Outro item importante da pauta de reivindicações diz respeito à
Participação Complementar nos Resultados (PCR). “Queremos discutir
melhor remuneração para os funcionários, com PCR maior e o fim do
desconto dos valores dos programas próprios da PLR (Participação nos
Lucros e Resultados)”, destaca Jair Alves, membro da coordenação da COE
do Itaú.
Também consta da pauta a luta por previdência complementar fechada para
todos os funcionários, melhorias no Plano de Saúde e medidas para
garantir igualdade de oportunidades e o fim das discriminações de
gênero, raça, orientação sexual e contra pessoas com deficiência dentro
da empresa.
