Desenvolvimento dos Bancos Comunitários é tema de encontro na Bahia

Durante os dias 03 e 04 de dezembro
acontece em Salvador, no Jardim dos Namorados, no bairro da Pituba, o
VI Encontro da Rede Baiana de Bancos Comunitários, promovido pela
Incubadora Tecnológica de Economia e Gestão de Desenvolvimento
Territorial e da Universidade Federal da Bahia. O evento também irá
abordar temas referentes à Economia Solidária, uma iniciativa da Feira
Vida Melhor de Economia Solidária que acontece no mesmo período e tem
uma importante representação para o contexto econômico e social das
comunidades locais.



O Estado da Bahia conta com cinco Bancos Comunitários de
Desenvolvimento (BCDs), o primeiro deles, o Banco Comunitário de
Desenvolvimento Ecoluzia, foi criado em 2005 e fica na Comunidade de
Santa Luzia, no município de Simões Filho, em seguida foram criados o
Banco Comunitário de Desenvolvimento Ilhamar, na Comunidade de
Matarandiba, situada no município de Vera Cruz na Ilha de Itaparica; o
Banco Comunitário de Desenvolvimento Casa do Sol, no município de
Cairú; o Banco Comunitário de Desenvolvimento Guine, em Saramandaia, um
bairro localizado na cidade de Salvador; e, por último, o Banco Fonte
de Água Fresca, que fica no município de Oriçanga.



A criação dos BCDs é uma estratégia que beneficia as comunidades
historicamente excluídas do processo sócio-econômico, estimulando a
valorização do comércio, da indústria, da produção de bens e serviços
provenientes da mão-de-obra dos moradores que residem nessas regiões.
Além da movimentação da economia, os bancos comunitários possibilitam a
autonomia das organizações comunitárias, a integração da população ao
desenvolvimento local através da geração de emprego, da oportunidade de
obter microcrédito e cartões de crédito a partir das moedas sociais,
que proporcionam a organização dos serviços e trocas financeiras.



De acordo com Leonardo Leal, membro da Incubadora Tecnológica de
Economia Solidária e Gestão do Desenvolvimento Territorial – ITES/UFBA,
a intervenção dos Bancos Comunitários de Economia Solidária ainda é
recente no Estado, existente há pouco mais de cinco anos e, apesar de
algumas dificuldades, as vantagens e avanços foram perceptíveis.



“Houve uma aceitação geral e significativa das comunidades, pois
famílias que nunca tiveram oportunidades agora estão inseridas no
processo econômico e encontraram formas de superar a pobreza e ter sua
renda; mesmo que ocorram experiências não muito satisfatórias, pois
ainda estamos em fase de desenvolvimento, é preciso que haja uma
relação de confiança entre a população sobre suas trocas financeiras
para a permanência dos bancos’’, relata.



O VI Encontro da Rede Baiana de Bancos Comunitários irá reunir mais de
cem empreendedores locais e um número relevante de mais de mil pessoas
comparecerão por dia ao evento.



Segundo Leonardo, o encontro conta com o apoio de alguns órgãos da
esfera política, mas busca promover maiores articulações para a Rede
Baiana. “O objetivo é o fortalecimento com a política e a economia do
Estado e ampliar a integração dos bancos comunitários para o seu
crescimento”.



Ainda na ocasião será entregue à Superintendência da Política Estadual
de Desenvolvimento Urbano da Bahia a carta sobre a Lei Estadual de
Economia Solidária com as perspectivas políticas do Fórum Baiano de
Economia Solidária.



As matérias sobre Economia Solidária são produzidas com o apoio do Banco do Nordeste do Brasil.


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