Negociação com Santander continua nesta sexta e bancários cobram avanços

A Contraf-CUT, federações e sindicatos continuam nesta sexta-feira, dia
2, a negociação específica para a renovação com avanços do acordo
aditivo à convenção coletiva de trabalho e do acordo do Programa de
Participação nos Resultados Santander (PPRS), além dos termos de
compromisso do Banesprev e Cabesp.

O secretário de Administração do Sindicato, Epaminondas Neto, lembra que os trabalhadores do Santander são os únicos, entre os bancos privados, a manter um acordo aditivo. “Garantimos conquistas como o intervalo de 15 minutos dentro da jornada, 2
mil bolsas de auxílio-educação e ampliação da
licença-amamentação.
Agora, queremos incluir novas cláusulas”, diz Epaminondas, que é bancário do Santander.

Entre as reivindicações dos trabalhadores, estão a garantia do emprego, cinco dias de ausências abonados por ano,
adiantamento de um salário nas férias a ser pago em dez vezes sem
juros, eleições democráticas dos representantes dos participantes do
SantanderPrevi e Sanprev, manutenção da assistência médica para todos
os aposentados e o aumento do PPRS.


No primeiro dia de negociação, ocorrido nesta quinta-feira, dia 1º, os
bancários defenderam a manutenção do aditivo com a inclusão de novas
cláusulas. “O Santander tem dinheiro para investir em marketing,
patrocina a Copa Libertadoras e a Fórmula 1 e acaba de contratar como
garoto-propaganda o craque Neymar do Santos e da Seleção Brasileira.
Agora é hora de conceder avanços para os trabalhadores brasileiros”,
disse Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT.



O Santander Brasil obteve um lucro líquido de R$ 5,956 bilhões até
setembro deste ano, um crescimento de 9% em comparação ao mesmo período
do ano passado. Com isso, o Brasil contribuiu com 25% do lucro mundial
do Santander, o que representa a maior fatia do resultado entre todos
os países do mundo onde o banco atua, superando a participação de 10%
da Espanha.


Os representantes do Santander ficaram de avaliar as propostas
apresentadas pelos dirigentes sindicais e trarão uma resposta da
direção do banco na negociação desta sexta-feira.


Negociação após mobilização – As reuniões com o Santander foram agendadas após três correspondências
enviadas pelas entidades sindicais ao superintendente de Recursos
Humanos, Jerônimo dos Anjos, em 21 de outubro, 7 e 21 de novembro. Já a
pauta específica de reivindicações foi entregue em 30 de agosto.



A marcação ocorreu no dia 23 de novembro, durante a Jornada Continental
de Lutas, que os bancários do Santander realizaram no Brasil e noutros
países da América Latina, onde o banco está presente, cobrando respeito
e diálogo para constituir uma coordenadora mundial e firmar um acordo
marco global, a exemplo de outras instituições financeiras.


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