Bancária do Santander é reintegrada pela terceira vez

Nesta terça-feira, 22
de novembro, a bancária Kassandra Oliveira foi reintegrada ao
Santander pela terceira vez. Sua ação judicial já transitou em
julgado e a sentença foi publicada em julho. Desde então, ela vem
tentando voltar ao trabalho e garantir o cumprimento da decisão da
Justiça.

Sua primeira reintegração oficial aconteceu no
dia 7 de julho. Disseram-lhe que aguardasse em casa que seriam dadas
as coordenadas sobre o local em que ela seria lotada. Mas, no dia
seguinte, o banco entrou com uma petição pedindo para desconsiderar
a decisão.

A juíza informou que já não cabia recursos e
mandou que fosse efetuada nova reintegração, o que aconteceu no dia
26 de agosto. O banco tinha 48 horas para determinar onde Kassandra
iria trabalhar. Todas as determinações foram descumpridas e, na
véspera de vencer o prazo, o banco entregou nova petição, que
voltou a ser taxativamente desconsiderada pela juíza.

Neste
terça, a cena se repetiu. A bancária foi reintegrada mas, apesar
dos protestos do Sindicato, mandaram-lhe esperar em casa.

Assédio
Além das doenças ocupacionais que lhe garantiram o direito a
reintegração, Kassandra viveu dois anos de perseguições na
agência de Moreno. Cotidianamente, seu supervisor recorria a
palavrões, xingamentos, humilhações e constrangimentos para se
dirigir a ela. Também se recusava a passar serviço para a
trabalhadora.

“Ele me chamava de burra e me falava
palavrões na frente dos clientes. Uma delas acabou sendo minha
testemunha na Justiça porque presenciou uma destas humilhações”,
conta a bancária.

Kassandra recorreu ao gerente, que
desconversou, prometeu resolver o problema, mas nada foi feito.
Também tentou a transferência para outra unidade, sem sucesso.
Apelou então para a Superintendência, que mandou chamar o
assediador. No entanto, ele não apenas desmentiu os fatos como
inverteu o problema e colocou toda equipe contra ela. Resultado: a
bancária foi demitida em 2008. A sentença judicial não apenas
devolveu o emprego a Kassandra, como garantiu a indenização por
danos morais.

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