Os
bancários do BNB em Pernambuco voltam a cruzar os braços nesta
segunda-feira, dia 24, quando retomam a greve por tempo
indeterminado. O objetivo é engrossar a paralisação nacional para
pressionar o banco, que insiste em não atender as reivindicações
específicas dos funcionários na mesa de negociação. A decisão de
retomar a greve foi tomada em assembleia realizada pelo Sindicato no
início da noite desta sexta-feira, 21.
De acordo com Alan
Patrício, diretor do Sindicato e representante de Pernambuco na
Comissão Nacional dos Funcionários do BNB, os bancários decidiram
retomar a greve depois de reavaliar o andamento das negociações
específicas com a empresa.
“Fizemos uma assembleia bastante
representativa, com a participação de mais de 50 bancários de
diversas agências e departamentos do banco. Pudemos debater com
calma o impasse que tomou conta da mesa de negociação e a situação
da greve nacional. Entendemos que a melhor opção foi retomar a
greve, até porque Pernambuco é a terceira maior base do BNB e a
paralisação aqui é fundamental para pressionar o banco e contribui
com o movimento nacional”, diz Alan.
Os bancários do BNB
entraram em greve no último dia 27 de setembro, junto com toda a
categoria. Após 21 dias de paralisação, os funcionários do banco
no estado decidiram retornar ao trabalho mas, como a negociação não
avançou, optaram por retomar a greve agora. “Para garantir os
avanços que queremos no nosso acordo específico, temos de construir
uma grande greve. Por isso, a participação de cada funcionário é
fundamental para o sucesso do movimento”, ressalta Alan.
A
pauta de reivindicações dos bancários do BNB tem 76 cláusulas.
Entre os principais pontos estão a isonomia de tratamento,
transparência nos processos internos de concorrência e a revisão
do PCR (Plano de Carreiras e Remuneração).
Depois de 21 dias
de greve, o BNB apresentou uma nova proposta de acordo para as
reivindicações específicas dos funcionários. Embora ela apresente
avanços, ainda há itens importantes da pauta de reivindicações
que ficaram de fora.
Entre outros pontos, o banco se
comprometeu a seguir o reajuste da Fenaban de 9% para todas as verbas
e benefícios. O piso também teria o mesmo índice de reajuste,
sendo elevado dos atuais R$ 1.600 para R$ 1.744.
A
Participação nos Lucros e Resultados (PLR) seguiria a regra da
Fenaban, sem teto, limitado a 9% do lucro líquido do banco, mais a
PLR Social de 3% do lucro líquido, distribuído de forma linear. O
BNB propôs ainda a concessão de Promoção Especial para todos os
empregados que estão atualmente nos níveis 1, 2, 3 e 4 da carreira
de Analista Bancário (PCR), que subiriam dois níveis na
carreira.
Nova assembleia – O
Sindicato realiza nova assembleia com os bancários do BNB para
avaliar a greve e discutir os próximos passos da luta. O encontro
será nesta terça-feira, dia 25, às 17h, na sede do Sindicato (Av.
Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife).
“Os bancários devem
ficar atentos ao site do Sindicato, pois se houver negociação na
segunda-feira a assembleia será antecipada. O Comando Nacional dos
Bancários, organizado pela Contraf-CUT, estará em Brasília nesta
segunda para continuar pressionando o governo e o parlamento para
garantir a solução do impasse no BNB”, afirma Alan.