Bancários do BNB em Pernambuco podem retomar a greve

Com o impasse nas
negociações específicas com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB),
os funcionários da instituição em Pernambuco podem retomar a greve
a partir desta segunda-feira, dia 24. A decisão será tomada em
assembleia nesta sexta 21, às 18h, no auditório da Superintendência
do BNB, que fica no prédio Apolônio Sales (Av. Conde da Boa Vista,
800).

Segundo a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, a participação dos bancários na assembleia vai garantir que a decisão tomada reflita os anseios do funcionalismo. “Queremos fazer uma grande discussão com os bancários, que precisam comparecer em peso na assembleia para que ela seja representativa. Quem não participar deve se submeter à decisão da maioria dos presentes, pois toda assembleia é soberana”, ressalta Jaqueline.

 

Para Alan Patrício, diretor do Sindicato e representante de Pernambuco na Comissão Nacional dos Funcionários do BNB, os
bancários do estado devem engrossar a greve nacional
do banco para forçar a empresa a apresentar uma proposta que atenda
as reivindicações. “Depois de 21 dias de greve, os bancários do
BNB decidiram voltar aos trabalhos aqui no estado, em assembleia
realizada na última segunda-feira. Mas outros estados permaneceram
em greve e nós não podemos ficar de fora. Pernambuco é a terceira
maior base do BNB e nossa participação na mobilização é
fundamental para conquistarmos uma proposta decente”, diz
Alan.

 
A pauta de reivindicações dos bancários do BNB tem 76
cláusulas. Entre os principais pontos estão a isonomia de
tratamento, transparência nos processos internos de concorrência e
a revisão do PCR (Plano de Carreiras e Remuneração).

Depois
de 21 dias de greve, o BNB apresentou uma nova proposta de acordo
para as reivindicações específicas dos funcionários, em
negociação realizada na última terça-feira, dia 18. Entre outros
pontos, o banco se comprometeu a seguir o reajuste da Fenaban de 9%
para todas as verbas e benefícios. O piso também teria o mesmo
índice de reajuste, sendo elevado dos atuais R$ 1.600 para R$ 1.744.

A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) seguiria a
regra da Fenaban, sem esbarro, limitado a 9% do lucro líquido do
banco, mais a PLR Social de 3% do lucro líquido, distribuído de
forma linear. O BNB propôs ainda a concessão de Promoção Especial
para todos os empregados que estão atualmente nos níveis 1, 2, 3 e
4 da carreira de Analista Bancário (PCR), que subiriam dois níveis
na carreira.

“A proposta tem avanços, mas ainda deixa a
desejar. Há uma série de reivindicações importantes que ficou de
fora, como a revisão do PCR, isonomia entre os funcionários e a
compensação dos dias parados. Além da proposta ser insuficiente, o
banco ainda a apresentou para os funcionários antes mesmo de
negociá-la com os sindicatos, numa atitude antidemocrática e
antissindical. Repudiamos este tipo de prática, que teve o objetivo
de pressionar os bancários a voltarem ao trabalho. Mas, se quisermos
avançar na proposta, precisamos ir à luta e retomar a greve”,
destaca Alan.

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