Trabalhadores gregos iniciam greve geral contra redução de gastos públicos

Trabalhadores
de várias categorias profissionais na Grécia começaram nesta
quarta-feira (19) uma greve geral de 48 horas. Os primeiros a aderir
à paralisação foram os jornalistas. 

O protesto é uma
reação ao pacote elaborado pelo governo, com novos cortes de gastos
para combater o endividamento. As medidas incluem a demissão de
funcionários públicos, o aumento de impostos e taxas, além da
redução de gastos.

No pacote, há ainda a previsão de
cortes de salários e benefícios para aposentados. A proposta será
votada pelo Parlamento da Grécia ainda esta semana, segundo
estimativa das autoridades. Para os sindicatos, os cortes prejudicam
a economia grega e intensificam os problemas com a dívida.

Greves
anteriores paralisaram o país, com a suspensão dos serviços de
transporte público, o fechamento de locais de turismo e o acúmulo
de lixo pelas ruas. A economia da Grécia se sustenta principalmente
no turismo. Porém, as revoltas constantes geradas pela instabilidade
econômica têm afetado o setor.

A comunidade internacional
cobra da Grécia reações para reduzir o déficit público – que
ultrapassa em três vezes o valor permitido pela União Europeia – e
para diminuir a dívida pública calculada em 350 bilhões de
euros. 

A União Europeia e o Fundo Monetário
Internacional (FMI) avisaram que o governo da Grécia tem de promover
reformas estruturais, uma exigência para a autorização do uso do
fundo europeu de 110 bilhões de euros, que representa a principal
forma de financiamento do Estado grego.

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