Greve mantém a força nesta segunda, sétimo dia de paralisação

A greve dos bancários
iniciou a segunda semana com toda a força em Pernambuco. A
paralisação manteve o mesmo nível de sexta, com mais de 65% das
agências bancárias do estado paradas e todos os prédios
administrativos dos bancos em greve, nesta segunda-feira, dia 3.

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Sem nenhum sinal dos bancos para a retomada das negociações,
a greve dos bancários deve ser ampliada nos próximos dias. Em
Pernambuco, o Sindicato realiza um protesto nesta quarta-feira, dia
5, às 9h, na avenida Conde da Boa Vista, no Recife.

Para a
presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, a greve dos bancários já
é uma das mais fortes das últimas décadas. “O número de
agências paradas é surpreendente. Aqui em Pernambuco, podemos
afirmar que a paralisação nos bancos privados já é a maior da
história, o que mostra que os bancários dessas instituições não
aguentam mais a falta de condições de trabalho”, diz Jaqueline,
que viajou a São Paulo para participar da reunião do Comando
Nacional dos Bancários, que discute estratégias para fortalecer
ainda mais a greve esta semana.

Silêncio do bancos – A
greve dos bancários entra no seu oitavo dia nesta terça-feira, dia
4, e até agora os bancos não entraram em contato com o Comando
Nacional para retomar as negociações.

Em vez de procurar uma
saída negociada para a greve, as instituições financeiras têm
usado de truculência para tentar atrapalhar a mobilização dos
bancários. Só em Pernambuco, há cinco interditos proibitórios que
Bradesco e Itaú ingressaram na Justiça para tentar reabrir suas
agências (leia mais aqui). “Em vez de acionar a Justiça, os
bancos deveriam retomar as negociações para acabar com a greve de
forma democrática”, afirma Jaqueline.

Entre as principais
reivindicações dos bancários estão o reajuste salarial de 12,8%
(aumento real de 5%), PLR de três salários mais R$ 4.500, piso de
R$ 2.297,51, plano de cargos e salários para todos, mais
contratações e fim da rotatividade.

Até agora, foram
realizadas sete reuniões de negociação com os bancos, que
ofereceram aos bancários 8% de reajuste, o que representa um aumento
real de apenas 0,56%. As instituições financeiras também
ofereceram o mesmo índice para corrigir o piso, os vales refeição
e alimentação, auxílio-creche e a parte fixa da PLR e do
adicional. Com isso, todas as demandas dos bancários foram ignoradas
pelos bancos.

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