Comando Nacional está reunido para fortalecer a greve dos bancários

O Comando Nacional dos
Bancários está reunido neste momento, em São Paulo, para avaliar e
discutir a estratégia para ampliar a greve nesta semana. A
presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, participa da reunião como
representante dos bancários de Pernambuco no Comando Nacional. A
reunião começou às 15h e é realizada na sede da Contraf-CUT
(Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo
Financeiro).

Segundo Jaqueline, o objetivo do encontro é
discutir formas de fortalecer a greve, diante do silêncio da Fenaban
em retomar as negociações e apresentar uma proposta decente para a
categoria. A greve começou na última terça-feira, dia 27 de
setembro, e paralisa bancos públicos e privados em 25 estados e no
Distrito Federal.

O movimento é forte, crescente e atingirá
nesta segunda-feira todos os estados do país com a adesão dos
bancários de Roraima. Na sexta-feira (30), quarto dia de greve,
foram paralisadas 7.865 agências e centros administrativos, segundo
balanço feito pela Contraf-CUT, a partir dos dados enviados pelos
sindicatos de todo país.

“Vamos avaliar a força do
movimento em cada estado e intensificar ainda mais as paralisações,
a fim de quebrar a intransigência dos bancos públicos e privados.
Nós apostamos no diálogo e na negociação para resolver o
impasse”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e
coordenador do Comando Nacional. “Os bancos, que lucraram mais de
R$ 27,4 bilhões somente no primeiro semestre deste ano, têm plenas
condições de fazer uma proposta que seja capaz de atender as justas
reivindicações dos seus funcionários”, ressalta.

Os
bancários entraram em greve após rejeitarem a proposta de reajuste
salarial de 8%, que representa apenas 0,56% de aumento real.

Os
trabalhadores reivindicam reajuste de 12,8% (5% de aumento real mais
a inflação do período), valorização do piso, maior Participação
nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da
rotatividade, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais
segurança, igualdade de oportunidades e melhoria do atendimento aos
clientes.

“O Brasil é um dos países com maior desigualdade
do mundo. Aqui, um executivo de banco chega a ganhar até 400 vezes a
renda de um bancário que recebe o piso da categoria. É preciso
mudar essa realidade e tirar o país dessa vergonhosa posição entre
as dez nações mais desiguais do planeta”, salienta o presidente
da Contraf-CUT. “Queremos emprego decente”, conclui.

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