Banco do Brasil da Rio
Branco, seis horas da manhã: o diretor do Sindicato, Luís Freitas,
está à postos para organizar o movimento quando um funcionário
chega. O dirigente sindical tenta conversar, convencendo-o a não
entrar no prédio. Não tem jeito. O bancário não apenas ignora
qualquer possibilidade de conversa, como força a porta de vidro de
tal jeito que ela quebra. “Foi um momento de tensão, até porque
poderia ter ocorrido algum acidente quando a porta foi danificada.
Mas, no restante do dia, o movimento transcorreu de forma tranquila,
sem incidentes”, conta Freitas.
Bradesco Marquês de
Olinda, cerca de onze horas da manhã: a diretora do Sindicato,
Eleonora Costa, e o bancário Carlos Luna, asseguram o movimento em
frente à agência, junto com alguns bancários. De repente, mais de
dez pessoas, todas bem vestidas, entram no banco e começam a
pressionar. Começam, então, a tirar fotografias tentando forçar
uma situação que justificasse o interdito proibitório. Trata-se,
na verdade, de um instrumento jurídico usado quando há algum tipo
de risco à posse ou propriedade. Ou seja, nada a ver com o legítimo
exercício do direito de greve. “Quando eles começaram a tirar
fotos, eu peguei meu celular e comecei a fotografá-los também. Eles
ficaram amedrontados, começaram a reclamar e dispersaram”, conta
Eleonora.