Desde que foi iniciada na última
quarta-feira (14), a greve nos Correios segue crescendo com forte
adesão de toda a categoria. De acordo com a Fentect/CUT (Federação
Nacional dos Trabalhadores dos Correios), 34 dos 35 sindicatos
filiados aderiram à paralisação. Cerca de 70% do sistema
operacional da empresa encontra-se parado.
A expectativa para
este início de semana é que o governo enfim abra um canal de
diálogo para discutir uma proposta que seja aceitável e condizente
com as reivindicações dos trabalhadores.
“Estamos
trabalhando para resolver este impasse, mas é preciso que o governo
sente com o Comando de Negociação para discutir uma resolução,
construindo uma proposta que garanta ganho real para todos os
trabalhadores, além de benefícios como vale alimentação, convênio
médico, auxílio creche para homens, melhoria nas condições de
trabalho e novas contratações para sanar o déficit de funcionários
que chega hoje na casa de 30 mil”, salienta José Rivaldo da
Silva, secretário-geral da Fentec/CUT.
Diferentemente do
divulgado pela imprensa, a paralisação é de total e exclusiva
responsabilidade da direção dos Correios que em mais de 40 dias de
negociação apresentou uma única proposta, abaixo das expectativas
e das exigências da categoria. “Reiteramos que não haverá
recuo por parte dos trabalhadores até que nossas reivindicações
sejam atendidas”, conclama Rivaldo.