Bancário do Itaú sofre infarto na agência

Na última segunda, 29
de agosto, um funcionário do Itaú, que prefere não se identificar,
estava trabalhando em sua agência, em São Lourenço da Mata, quando
começou a passar mal. Tentou contactar o Samu (Serviço de
Atendimento Médico de Urgência). Mas, como não conseguiu, acabou
se deslocando de táxi até o hospital no Recife, onde constatou o
infarto do miocárdio. Ele está internado no Hospital da Unimed,
onde fez uma cirurgia e aguarda o resultado de novos exames.

Sua
agência, como outras, não tem porta de segurança. Exatamente
naquele dia, os empregados estavam sob maior tensão emocional já
que a agência da Caixa, que fica bem próximo, havia sido
arrombada.

O bancário não tem histórico de doenças
cardíacas ou problemas de pressão alta. Mas sua rotina, como a de
outros trabalhadores do Itaú, é de pressão e estresse constantes,
com filas imensas e metas inatingíveis. “Sem falar na tal da
papeleta para controle da fila: ao soar um alarme sonoro, o
trabalhador tem de entregar uma papeleta ao último cliente da fila e
ficar monitorando o horário de atendimento dele, sob risco de sua
agência ser prejudicada nos programas de participação nos
resultados”, diz o secretário de Saúde do Sindicato, João
Rufino.

Segundo o dirigente, este é o terceiro caso de
problemas coronarianos que podem ter origem no estresse do ambiente
de trabalho. Os demais casos, todos no Itaú, aconteceram pouco
depois de assaltos, nas unidades da Encruzilhada e Parque Amorim. Em
São Paulo, no início deste ano, um empregado do Itaú, de 22 anos,
morreu enquanto atendia os clientes na bateria de caixa.

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