O Sindicato e a Contraf-CUT entregaram nesta
terça-feira, dia 30, ao Santander, em São Paulo, a pauta específica
de reivindicações dos funcionários para a renovação do acordo
aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A minuta é
resultado da participação de milhares de trabalhadores do banco
espanhol em todo país, que apontaram em consulta nacional as
prioridades para melhorar as condições de saúde e trabalho e
buscar novas conquistas.
Para o diretor do Sindicato,
Epaminondas Neto, todos os bancários do Santander devem engrossar as
mobilizações da Campanha Nacional e lutar para conquistar as
reivindicações tanto na mesa geral de negociações com a Fenaban,
quanto na específica com o Santander. “As negociações com a
Fenaban já não começaram bem. Todas as nossas conquistas só se
concretizaram depois de muita luta. Portanto, é hora de mostrarmos
força, construindo grandes mobilizações em Pernambuco e no
Brasil”, diz Epaminondas.
Durante a entrega, foi
reivindicado que o atual aditivo, cuja vigência termina nesta
quarta-feira, dia 31, tenha a sua validade prorrogada até o final
das negociações. O Santander se comprometeu em já prorrogar o
aditivo por 30 dias.
Os dirigentes sindicais defenderam que as
negociações específicas com o Santander ocorram concomitantemente
às gerais da categoria com a Fenaban, da mesma forma como já
acontece com o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Banco
do Nordeste e vários bancos estaduais. O Samtander ficou de analisar
a proposta.
A pauta é composta por dois blocos distintos. O
primeiro reúne cláusulas já existentes no atual acordo, onde se
reivindica apenas a renovação, corrigindo-se datas e valores. O
segundo é integrado por propostas de novas cláusulas ou temas que
requerem apenas uma nova redação.
>> Clique aqui
para ver a íntegra da pauta específica.
Principais
reivindicações – A garantia de emprego, mais contratações e o
Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS) estão
entre as principais reivindicações. Também merece destaque a
proposta de cinco ausências abonadas por ano para cada trabalhador.
Como durante o ano existem sete meses com 31 dias e, nestas ocasiões,
os bancários só recebem por 30 dias, o mesmo acontecendo com o mês
de fevereiro, quando são trabalhados 28 dias e a remuneração
equivale a 30, cinco dias ficam de graça todos os anos para o banco.
É esse período que os bancários querem que seja transformado em
ausências abonadas, como já acontece com os trabalhadores do banco
na Espanha.
Também consta o empréstimo de férias no valor
de um salário, cujo pagamento pelo bancário ocorreria em dez
parcelas sem juros. Para o auxílio-educação, já conquistado e
incluído no aditivo, está sendo reivindicada a ampliação para
cursos de pós-graduação e de idiomas.
Outras demandas
importantes são a manutenção do plano de saúde durante a
aposentadoria nos mesmos moldes dos trabalhadores da ativa e a
permanência do banco no patrocínio aos fundos de pensão
(SantanderPrevi, Banesprev e Bandeprev) e à Cabesp.