O crescimento da oferta de crédito no país
voltou a ser puxado pelos bancos estatais. No segundo trimestre, as
carteiras da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil tiveram
expansão de R$ 34,1 bilhões na comparação com o período
imediatamente anterior. O crescimento foi de 8% e 5,1%,
respectivamente, enquanto os bancos privados aumentavam suas
carteiras em ritmo mais lento. Juntos, os três maiores – Itaú
Unibanco, Bradesco e Santander – adicionaram R$ 29,7 bilhões no
trimestre.
Durante a crise de 2008/09, os bancos públicos já
haviam liderado a expansão do crédito. Mas, em meados do ano
passado, os privados chegaram a ensaiar uma reação para retomar
espaços perdidos. Neste ano, o movimento voltou a ser favorável aos
estatais, com uma colocação de R$ 55,2 bilhões no primeiro
semestre, em comparação com R$ 50 bilhões dos três grandes
privados.
Dois movimentos explicam esse desempenho dos bancos
públicos: a própria velocidade das contratações de novas
operações de crédito nas instituições estatais, principalmente
na Caixa, e o ritmo mais modesto de crescimento do Santander. Desde
julho do ano passado, a subsidiária brasileira do banco espanhol
perdeu para a Caixa a quarta colocação entre as maiores carteiras
de crédito do país, entre os bancos com operação de varejo.