Nesta terça, professores do Brasil param por educação pública e de qualidade

A
CNTE convoca todas as entidades filiadas a participarem da
paralisação nacional que vai acontecer nesta terça-feira, dia 16
de agosto. O principal objetivo da mobilização será cobrar a
implementação do Piso nos estados. Mesmo com a aprovação da Lei
do Piso e com o reconhecimento da sua legalidade por parte dos
ministros do STF, professores de alguns municípios e estados ainda
não recebem o valor estipulado em lei. Assim, a Confederação
orienta a todos os sindicatos que participem dessa luta pela
implantação do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN). É
preciso que o processo de negociação com os governos inicie com o
valor de R$ 1.597,87, defendido pela entidade como vencimento inicial
na carreira.

A CNTE também reivindicará o
cumprimento integral da lei com 1/3 da jornada destinada para a hora
atividade. O valor do Piso deve ser aplicado para as jornadas de
trabalho que estão instituídas nos planos de carreira de estados e
municípios. “A paralisação vai acentuar a luta pelo Piso. É
dessa maneira que nós vamos conseguir fazer valer a Lei e os
interesses de uma educação de qualidade no Plano Nacional de
Educação (PNE). Isso porque, tudo que é possível para fazer
postergar essa vitória, que não é só dos trabalhadores, mas da
educação pública brasileira, vem sendo feito pelos gestores. Então
isso causa um problema, um tensionamento desnecessário e só atrasa
os passos iniciais para que a gente possa entrar no rumo de um país
com educação pública de qualidade. Aliás, é deseducador do ponto
de vista da cidadania, que os governos estejam promovendo e
encontrando subterfúgios para descumprir a Lei que foi aprovada duas
vezes”, ressaltou o presidente da CNTE, Roberto Leão.

Leão
também destacou o desrespeito à carreira dos professores em todo o
país. “No que diz respeito à carreira podemos observar que se
eles pagam o Piso para o professor de nível médio, eles dão uma
diferença de 10, 20, 30 reais para o professor com formação de
nível superior e isso descaracteriza a carreira. São artifícios
para fazer economia às custas da educação. Então nós temos muito
dinheiro da educação que vai para o lixo com desvio na merenda
escolar, no transporte escolar e na construção. Todas as mazelas
existem com o dinheiro da educação e isso precisa acabar para
melhorar a gestão”, finalizou.

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