O HSBC eliminará 30 mil empregos,
enquanto se retira de países onde está enfrentando dificuldades
para competir, afirmou o maior banco da Europa nesta segunda-feira,
após apresentar um surpreendente aumento no lucro do primeiro
semestre.
A instituição teve lucro antes de impostos de US$
11,5 bilhões entre janeiro e junho, acima dos US$ 11,1 bilhões
apurados um ano antes e melhor que a média das estimativas de
analistas, de US$ 10,9 bilhões, segundo pesquisa da Reuters.
O
HSBC também informou que cortou 5.000 empregos em meio à
reestruturação em andamento na América Latina, nos Estados Unidos,
Grã-Bretanha, França e Oriente Médio, e que eliminará outros 25
mil postos até 2013.
“Haverá mais cortes de empregos”,
disse o presidente-executivo do banco, Stuart Gulliver, em
teleconferência. “Será algo em torno de 25 mil vagas
eliminadas entre agora e o final de 2013.”
Os cortes
equivalem a quase 10% do quadro de funcionários do HSBC e integram o
programa de redução de custos da instituição, que planeja focar
suas operações na Ásia.
“É um número grande (de
cortes de empregos), mas faz sentido porque os custos do HSBC são
razoavelmente altos”, disse Daniel Tabbush, analista da CLSA em
Bangkok.
No domingo, o HSBC anunciou que venderá 195 agências
nos EUA ao First Niagara Financial por cerca de US$ 1 bilhão em
dinheiro, além de fechar outras 13 das 470 filiais que possui
naquele país.
O banco também planeja vender o portfólio de
cartão de crédito nos EUA, que soma mais de 30 bilhões de dólares
em ativos, como forma de levantar capital. Capital One Financial e
Wells Fargo estariam entre os possíveis compradores, segundo fontes.
O Barclays também pode estar entre os interessados.