Primeiro tablet pernambucano será lançado no início de 2012

Produto da vez no mercado de tecnologia, o tablet é um dos itens de
consumo mais cobiçados dos últimos anos. E a Elcoma, empresa
pernambucana de computadores informou que vai lançar o tão cobiçado
aparelho no início do ano que vem. Será o primeiro a ser fabricado
totalmente no Estado.

O presidente da empresa, Júlio Gil Freire informou ao MundoBit que o
desenvolvimento do produto está em estágio avançado. Sentado em seu
escritório na fábrica localizado no Parque Tecnológico no bairro do
Curado, na Zona Oeste do Recife, Gil comentou que o produto será
determinante na competitividade das empresas ano que vem. Tudo por causa
da chamada Lei do Bem (Lei nº 11.196) que reduziu a zero alíquotas
sociais, entre elas o PIS/Cofins.

O tablet da Elcoma terá duas opções, oito e dez polegadas e rodará o
sistema Android. “Estamos mais interessados na experiência do usuário,
por isso estão sendo feitos testes sobre quais recursos iremos incluir
no aparelho”, disse Gil. O produto ainda não tem preço sugerido, mas
deve ser, nas palavras do presidente da empresa, “acessível a diversos
segmentos”.


Produtos como iPad, Motorola Xoom, Galaxy Tab e outros tablets ainda
custam caro, mas a aquisição desses aparelhos deve ser beneficiada pela
lei governamental. A expectativa do ministro de Ciência e Tecnologia,
Aloizio Mercadante é de uma redução de até 40% nos valores.

Além dos tablets, a Elcoma ainda adiantou outras novidades, como a
mudança de sua produção para Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata. A
fábrica do Curado vai seguir uma vocação de desenvolvimento de novos
produtos. Atualmente a produção local é de 10 mil computadores por dia.
“A ideia é dobrar esse número quando as novas instalações já estiverem
funcionando”. Com dez anos de existência, a empresa começou como uma
fabricante de peças para a Philips. Com o fim das atividades da gigante
holandesa, Júlio Gil assumiu a fábrica e continuou com o negócio.

Em 2008, abandonou a fabricação de resistores e capacitores,
ingredientes básicos para fabricação de computadores e mudou de modelo
de negócios ao entrar no ramo dos computadores. Hoje, fabrica desktops,
notebooks, gabinetes e miniPcs. “Tivemos uma relação muito boa com a
Philips e conseguimos até manter o nome. Isso nos ajudou muito nesse
conhecimento de processos de produção e logística e também a relação com
clientes no exterior”, disse.

Caminhando pela fábrica, Gil também comentou um problema que nem
depende de fatores econômicos de nenhum tipo: o preconceito com produtos
tecnológicos nacionais. “Pesquisas nossas mostraram que nossa qualidade
percebida é muito boa e que os usuários estão mais conscientes e
exigentes”, defendeu. “Temos a mesma configuração de marcas importadas
com 30 a 40% mais baratos. O cliente está mais inteligente para perceber
isso”.

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