Às vésperas da retomada das negociações permanentes com o Sindicato e a Contraf-CUT,
o Bradesco anunciou nesta quarta-feira, dia dia
27, que registrou lucro líquido de R$ 5,487 bilhões no primeiro
semestre, com crescimento de 21,7% ante o resultado contabilizado no
mesmo período em 2010. Já o ganho ajustado nesse intervalo foi de R$
5,563 bilhões, com expansão de 20,9% no mesmo comparativo.
Considerando apenas o desempenho no segundo trimestre do ano, o lucro
líquido foi de R$ 2,785 billhões, semelhante aos R$ 2,702 bilhões
registrados nos três meses imediatamente anteriores.
A carteira de crédito expandida atingiu R$ 319,802 bilhões em junho, com
alta de 23,1% em relação ao mesmo período de 2010. As operações com
consumidores totalizaram R$ 102,915 bilhões, com crescimento de 14,6%,
enquanto as operações com empresas somaram R$ 216,887 bilhões, com
acréscimo de 27,6%.
O índice de inadimplência, levando em conta apenas atrasos superiores a
90 dias, atingiu 3,7%, apresentando redução de 0,3 pontos percentuais em
relação a junho de 2010.
Ao final de junho, o valor de mercado do banco chegou a R$ 111,77
bilhões, com as ações preferenciais registrando valorização de 28,3% nos
últimos 12 meses.
Já os ativos totais somaram R$ 689,307 bilhões, com crescimento de 23,5% em relação ao mesmo período de 2010.
Negociação nesta sexta – A retomada das negociações permanentes ocorre nesta sexta-feira, dia 29,
às 10h, na sede do banco, em Osasco, e discutirá principalmente temas
relativos à saúde o trabalhador e ao combate ao assédio moral.
O assunto ficou acertado na última reunião, ocorrida no dia 10 de junho.
Os bancários cobraram do banco uma avaliação do programa de combate ao
assédio moral, visando apurar se o programa está sendo cumprido com
rigor em todo o país.
Na ocasião, os representantes dos funcionários entregaram ao banco a
minuta de reivindicações da Campanha Nacional de Valorização dos
Funcionários do Bradesco. A pauta lista demandas como melhores condições
de trabalho; mais contratações para diminuir o ritmo intenso de
trabalho a que os bancários são submetidos diariamente; fim das metas
abusivas e do assédio moral; melhor remuneração; auxílio-educação; Plano
de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) justo, transparente e
democrático.
“Esperamos que o Bradesco mude sua postura e passe a encarar a mesa de
negociação com a seriedade que ela merece. Queremos soluções concretas
para os problemas enfrentados pelos bancários no dia a dia e o banco tem
plenas condições de atender nossas demandas”, afirma Elaine Cutis,
coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do
Bradesco, órgão que assessora as negociações com o banco.