Contraf e CNTV querem maior controle do Exército no comércio de explosivos

A Contraf-CUT e a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) defendem
maior controle e fiscalização do Ministério do Exército no comércio de
explosivos em todo país. A medida foi proposta pelas entidades no último
dia 11, durante o lançamento da 1ª Pesquisa Nacional de Ataques a
Bancos, em Curitiba, que apontou 838 ocorrências no primeiro semestre
deste ano, sendo 301 assaltos, consumados ou não, e 537 arrombamentos de
agências, postos de aendimento de caixas eletrônicos, muitos com
utilização de dinamite.

Somente neste ano, em São Paulo, já ocorreram mais de 125 explosões,
segundo dados da imprensa. “O Ministério do Exército é o responsável
para controlar e fiscalizar o comércio de explosivos, mas os atuais
procedimentos são insuficientes, como revela o uso de dinamites na
explosão de unidades bancárias e caixas eletrônicos”, afirma o
secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional
de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr.

Conforme notícias da imprensa, só 10% dos casos de roubos a pedreiras no
Brasil são notificados à delegacia de polícia. Hoje, uma pedreira não
possui estrutura de segurança, como vigilantes, alarme e câmera de
vídeo.

“Ao contrário do dinheiro, que possui um sistema de guarda e transporte
de valores, previsto na lei federal nº 7.102/83, não existe um sistema
de segurança para depósito e transporte de explosivos, o que deixa esse
setor vulnerável e inseguro, o que facilitou as recentes ações
criminosas”, destaca o presidente da CNTV, José Boaventura Santos.

A onda de ataques a caixas eletrônicos é uma oportunidade para mudar os
procedimentos de segurança em relação ao comércio de explosivos. “Além
disso, o Brasil está às vésperas da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada
de 2016 e precisa discutir a segurança com os trabalhadores e a
sociedade, a fim de adotar um conjunto de medidas para proteger a vida
das pessoas e evitar ações de quadrilhas cada vez mais ousadas,
aparelhadas e explosivas”, conclui Ademir.

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