Esta
quarta, 13 de julho, foi Dia Nacional de Valorização dos Empregados
do Bradesco. Foi, também, Dia de Mobilização contra as demissões
e poe melhores condições de trabalho no Itaú. Em Pernambuco, o
Sindicato realizou atos de protesto nas agências do Itaú em
Prazeres, Candeias, Piedade e Shopping; e no Bradesco de Prazeres e
Piedade. Em agências lotadas, os dirigentes usaram o teatro para
denunciar a ganância dos banqueiros.

No Bradesco, os
empregados querem que o banco dialogue e avance na negociação de
pendências que há anos se arrastam, sem solução. Querem, por
exemplo, o auxílio-educação que já é pago por todas as outras
instituições financeiras. Também exigem Plano de Cargos, Carreiras
e Salários e Plano de Saúde para os aposentados, entre outras
coisas.

“Nossa pauta de reivindicações foi entregue no
dia 10 de junho a não há resposta do banco até agora. O Bradesco
fala tanto em responsabilidade social em suas campanhas de marketing,
no entanto não valoriza seus funcionários”, afirma Geraldo Times,
secretário de Bancos Privados do Sindicato e empregado do
Bradesco.

No Itaú, o foco dos protestos foi a alta
rotatividade praticada pelo banco, que no primeiro semestre deste ano
chegou a desligar quase 4 mil bancários no país. A cobrança
abusiva de metas foi outro tema que motivou a manifestação. Os
trabalhadores denunciam que a pressão é muito grande e, em muitos
casos, as metas chegam a 400%. “O banco contrata apenas na área
comercial, mas na área operacional, a situação é terrível. E o
cliente é quem paga a conta”, diz o diretor do Sindicato Flávio
Coelho.

As condições de trabalho foram outro mote da
atividade. No Itaú Shopping, por exemplo, apenas dois caixas
precisam dar conta de todos os clientes. E não são poucos. “Os
bancários não estão conseguindo nem mesmo sair pra almoçar. É
por essas e outras que a categoria dos bancários registra um nível
tão alto de adoecimento no trabalho”, denuncia Onésimo Reinaux,
diretor do Sindicato.