Seminário discute regras da ANS e assistência à saúde no Bradesco

Ocorreu nesta terça-feira, dia 12, o seminário “A Assistência à Saúde
dos Bancários do Bradesco e as Regras da ANS, organizado pela
Contraf-CUT, em parceria com a CUT, Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS), Fetec de São Paulo e Sindicato dos Bancários de São
Paulo. O encontro foi destinado aos integrantes da Comissão de
Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, Coletivo Nacional de Saúde
e demais dirigentes sindicais. A diretora do Sindicato, Suzineide Rodrigues, representou os bancários de Pernambuco no evento.

A abertura do seminário contou com a participação do presidente da
Contraf-CUT, Carlos Cordeiro. Ele defendeu a importância de discutir
temas para a categoria que vão além do salário, como saúde e condições
de trabalho, entre outros. Na sua avaliação, os bancários devem se
mobilizar para que o banco garanta atendimento de saúde para todos que
estão na ativa e aos aposentados. “O plano de saúde deve ser visto como
uma conquista dos trabalhadores e não um benefício ofertado pela
empresa. Os bancários precisam de um plano que não esteja apenas
assegurado no papel, mas sim que funcione na prática”, sustentou
Cordeiro.

Para a diretora da Contraf-CUT e coordenadora da COE do Bradesco, Elaine
Cutis, a troca de experiências entre o movimento sindical e a ANS irá
qualificar os debates e elevar as possibilidades dos trabalhadores para
conquistar um plano de saúde eficaz, buscando um nível bem superior ao
atual. “As informações que estamos recebendo irão desmistificar uma
série de conceitos que tínhamos sobre o plano de saúde”, frisou Elaine.

A dirigente da Fetec-CUT/SP, Crislaine Bertazzi, disse que o seminário
irá fundamentar as reivindicações e possibilitar que os bancários
avancem sobre as questões que envolvem o plano de saúde.

O secretário de saúde do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Walcir Previtale Bruno, lembrou que os dados da ANS mostram que
atualmente há cerca de 60 milhões de brasileiros com plano de saúde,
sendo a maioria em planos coletivos. “O plano de saúde, na forma como
está estabelecido aos bancários, desobriga coberturas importantes de
especialidades na área da psicologia, psiquiatria e fonodiaulogia, que
são fundamentais para a categoria. Somente no Callcenter do Bradesco
atuam cerca de 10 mil bancários, que rotineiramente são acometidos por
pressões psicológicas”, apontou Walcir.

Para Gilberto, dirigente da CUT que representou a secretária de saúde da
entidade, Juneia Martins, a aproximação da ANS é fundamental para que
os trabalhadores se apropriem das discussões, a fim de interferir no
processo. “Temos que compreender e estudar os conceitos, para que seja
feito um movimento político que permita aos trabalhadores atuarem sobre
as ações impostas pela empresa sobre o plano de saúde”, ressaltou
Gilberto.

O diretor adjunto de fiscalização da ANS, Aldo Callado, enfatizou que um
dos papeis do órgão é a aproximação no âmbito do processo regulatório
com o mundo do trabalho. “A lei nº 9.961 estabelece que a ANS atue junto
aos órgãos de defesa do consumidor. Também é fundamental que os
dirigentes envolvidos com o mundo do trabalho se aproximem das
discussões para destituir o conceito de que o plano de saúde é uma
liberalidade da empresa oferecida como um favor aos trabalhadores,
quando na verdade é uma conquista efetivada dentro de um processo de
luta”, explicou Aldo.

“O empregado contribuiu com o plano de saúde. Temos a clareza de que é
um dever legal da ANS a atuação junto aos meios de defesa do consumidor.
Esta é uma luta permanente porque os desafios são permanentes”,
completou o dirigente da ANS.

O gerente geral de fiscalização da ANS, Francisco Telles, apresentou
dados sobre a regulação e fiscalização da saúde complementar. Segundo
Telles, entre os cerca de 60 milhões de pessoas que possuem planos de
saúde no país, a maioria é de assistência médica e hospitalar, sendo 70%
de saúde coletiva. Os dados da ANS também mostram uma grande
concentração no mercado de operadoras: 50,2% dos planos estão vinculados
a 35 operadoras, num total de 114 operadoras que há em todo país.

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