A Rede Privada de
ensino e decretou greve nesta quarta-feira (08). A decisão foi
tomada a partir das 9h, quando os professores das escolas
particulares fizeram a assembleia mais importante da categoria desde
a largada da Campanha Salarial 2011. Isso porque, na tarde da última
segunda-feira(06), a sexta rodada de negociação entre Sindicato dos
Professores no Estado de Pernambuco – Sinpro PE – e Sindicato
Patronal – Sinepe – mais uma vez não avançara nas negociações.
Depois da decisão, os donos de escolas marcaram nova negociação
com a categoria, a partir das 16 horas.
Na rodada anterior,
ficara definido, apenas, que o Sinepe precisaria enviar oficialmente
até o final do dia da terça-feira (07), por escrito, um documento
com nova contra-proposta respondendo item por item proposto pelos
professores, a ser avaliada pelos professores na assembleia de
amanhã. Esse procedimento é medida legal prevista na Lei de Greve
da CLT, e caso o documento não seja enviado, o descumprimento da lei
é mais um motivador para paralisação das atividades.
Enquanto
os professores pedem piso salarial de R$ 10 por hora de aula
(atualmente é pago entre R$4,43 e R$5,82), melhores condições de
trabalho, educação continuada, o cumprimento das bolsas de estudos
para os filhos, entre outros benefícios, a contra proposta do
patronato ofereceu reajuste de 6,31% para quem ganha acima do piso –
somente o reajuste obrigatório referente à reposição da inflação
– e de 8% (de abril retroativo até setembro), mais 10% (de outubro
de 2011 a março de 2012) para quem ganha o piso, o que significa uma
média de aumento de 9%, além de redução de 6% para 5% no vale
transporte para toda a categoria, todas recusadas.
A rede
privada de ensino em Pernambuco tem 45 mil professores e cerca e
1.400 esclas. Uma paralisação pode atingir cerca de 900 das escolas
particulares de todo Estado, e perto de 600 mil alunos podem ficar
sem aulas. O último reajuste recebido foi de 3%. Com ele, a hora da
aula de um professor de ensino médio, por exemplo, subiu de R$5,39
para R$5,82, acréscimo considerado irrisório pelos
professores.
Pra completar, os professores já fizeram 350
denúncias ao Ministério do Trabalho sobre aberrações praticadas
pelos donos de escolas em Pernambuco, entre elas sonegação do FGTS,
não pagamento de hora extra, professores trabalhando sem carteira
assinada e escolas com diversos CNJP, além de ameaça de demissão
aos professores que estão aderindo às atividades.