Dia Mundial Sem Tabaco é celebrado com ações de conscientização

31 de
maio é o Dia Mundial Sem Tabaco, data escolhida pela Organização
Pan-Americana de Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS)
para pensar ações de combate ao tabagismo. Este ano, as
comemorações se voltam para a importância da Convenção-Quadro
para Controle do Tabaco (CQCT). Em vigor desde 2005, o instrumento
contém diretrizes políticas para o combate ao tabaco nos
países.

Na América Latina, organizações civis e Estados
realizarão ações de conscientização. O tabagismo, considerado a
principal causa evitável de doença e morte em todo o mundo, gera,
na região, pelo menos 845 mil mortes a cada ano, de acordo com a
OMS. Um em cada dez latino-americanos morre devido ao seu
consumo.

Na Venezuela, considerado um exemplo mundial de luta
contra o tabaco, segundo a Ministra da Saúde Eugenia Sader, entrou
em vigor a lei que proíbe o ato de fumar em locais fechados, sejam
eles públicos ou privados. A medida vem acompanhada de uma campanha
de conscientização sobre os efeitos do fumo, além da proibição
de publicidade do produto. A ministra destacou que o país é “ponta
de lança nas políticas sociais e sanitárias do mundo (…) um
exemplo mundial a seguir”.

Entre os brasileiros, a data foi
marcada por manifestações de apoio à Convenção-Quadro nos
Estados e municípios, além do Fórum de Entidades Médicas sobre
Tabagismo, que ocorrerá no Senado Federal.

Haverá ainda
iniciativas voltadas às crianças. Dados internacionais informam que
a idade média de iniciação ao tabagismo é de 15 anos e 90% começa
a fumar antes dos 19 anos de idade. A cada dia, 100 mil jovens
começam a fumar, 80% deles vivem em países em desenvolvimento.
24,5% dos brasileiros entre 13 e 15 anos experimentaram cigarros em
2009, segundo a Pesquisa Nacional sobre Saúde do Escolar
(Pense).

Para conscientizar esse público, a Sociedade
Brasileira de Cardiologia promoveu, no Recife, atividade de
conscientização junto a crianças de escolas públicas. Na ocasião,
foi distribuída a cartilha “Um dia sem fumar é um dia a mais
de saúde”.

Já a Aliança de Controle do Tabagismo (ACT)
lançou a campanha “Proteja nossas crianças”, com vídeo,
pôsteres, cartazes e spot para rádio. Para conhecer melhor a
iniciativa, acesse
http://actbr.org.br/comunicacao/campanha-artistas.asp.


no Panamá, foi lançada a campanha “Não vendo cigarros a
menores”, parceria da British American Tobacco e da Câmara de
Comércio do país.

No Chile e no Peru, a OPS reconheceu o
combate ao fumo do tabaco, premiando três alianças: a chilena ONG
Educação Popular em Saúde (EPES), a peruana Comissão Nacional
Permanente de Luta Anti-tabaco (Colat) e a Aliança para a Convenção
Quadro, em nível global. As organizações trabalharam pela adoção
e implementação do instrumento.

Devido ao trabalho da EPES,
os legisladores e responsáveis por políticas públicas chilenos
desenvolveram um projeto de lei 100% livre de fumo, apresentado ao
Congresso no início deste ano. No Peru, foram aprovadas emendas à
Lei Geral de Prevenção do Consumo e os Riscos do Consumo de Tabaco,
tornando-a coerente com a Convenção Quadro. Já a Aliança Global
apóia ações a favor da Convenção Quadro em diversos países,
principalmente na América Latina e Caribe.

Mapa
do combate –
Na
América Latina, onze países já aprovaram leis que promovem a
inclusão de advertências sanitárias com imagens nas embalagens de
cigarros: Brasil, Venezuela, Uruguai, Chile, México, Panamá, Peru,
Colômbia, Bolívia, Honduras e Nicarágua.

Enquanto isso,
Uruguai, Panamá, Guatemala, Colômbia, Peru, Honduras e Venezuela
sancionaram legislação de ambientes 100% livres de fumo. Em nível
subnacional, México, Brasil, Argentina e Equador também têm leis
nesse sentido.

Panamá
e Colômbia saíram na frente e já proibiram qualquer forma de
publicidade, promoção e patrocínio de cigarros.

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