Bruno Leonardo, do
Bradesco de Escada, é mais um trabalhador que foi demitido apesar de
ser portador de doença ocupacional. Esta semana, a Justiça
garantiu-lhe a reintegração, mas ele permanece até o final de
junho de licença médica, pelo INSS.
O bancário recebeu no
dia 25 de abril sua carta de demissão, quando voltava de férias.
Chegou a alegar aos gerentes geral e administrativo que tinha
diagnóstico de Lesão por Esforço Repetitivo – LER. Mas, só o
que ouviu foi que “ainda tinha mais seis meses de Plano de Saúde”.
De posse dos exames, Bruno procurou o Sindicato, que preencheu sua
CAT – Comunicado de Acidente de Trabalho e o encaminhou ao INSS e à
Justiça.
A doença de Bruno não
é recente. Há mais de dois anos ele sente dores, mas preferiu não
falar no assunto. “Em setembro do ano passado, tive uma crise.
Apresentei atestado para me afastar, mas nada disso foi registrado em
minha ficha”, conta. Também nos exames periódicos, ele chegou a
relatar o que sentia. “Mas os médicos quase não perguntam nada.
Medem a pressão, examinam o coração e escrevem que a gente está
apto”.