Serasa faz campanha para limpar nome de dois milhões de pessoas

O economista da Serasa explica que o primeiro passo é saber exatamente
para quem você está devendo. “Tem que organizar essas dívidas, as cartas
que recebeu, ver efetivamente o que deve e aí sim ir ao credor”,
orienta.

A
Serasa fez uma pesquisa com os consumidores que perderam o crédito,
porque deixaram de pagar suas contas, e descobriu que cada um tem em
média cinco dívidas e demora sete meses para acertar tudo. Muitos
consumidores esperam para ver se a empresa baixa os juros e diminui a
dívida, mas esta pode não ser uma boa estratégia.

“Nós estamos em um momento de juros
muito altos e encargos também vão acompanhando os juros, então é
importante que o consumidor tente arrumar aquela dívida que ele tem em
atraso, ou já está inadimplente, o mais rápido possível, porque a
expectativa é de juros mais altos. Então esperar, às vezes, pode não ser
vantajoso”, alerta.

O bom é fazer as contas antes de sair de casa e levar uma
proposta. “Ver o que pode pagar, se já tem alguma oferta de renegociação
e veja se cabe no orçamento, senão faça contraproposta”, diz.

Muitas empresas
aceitam também fazer um acordo parcelando a dívida, sem receber o
primeiro pagamento no ato. “Pode dar primeira parcela daqui a três
meses, se ele quer pagar esta dívida em doze meses, 24 meses e leva ao
credor. O credor vai decidir se aceita ou não”, comenta.

Assim que assinar
um acordo, o nome sai da lista dos devedores. “O nome dele tem que sair
do cadastro, assim que for assinado um novo termo de dívida, mesmo que
não seja feito pagamento na hora”, afirma o economista.

Uma educadora
financeira dá palestras para quem quer organizar as contas. O primeiro
passo para acertar qualquer orçamento é se livrar das dividas. “Se você
tem dificuldade nesta negociação, leve um amigo, parente ou até um
consultor financeiro que possa te ajudar, para que os juros reduzem num
valor que você possa pagar, se não você volta a dever”, alerta Paula
Schurt, educadora financeira.

O próprio consumidor deve negociar suas
dívidas. Contratar empresas como intermediárias é arriscado e faz o
consumidor gastar ainda mais.

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