Sindicato cobra melhores condições de trabalho do Itaú

Emprego, saúde e
condições de trabalho foram os temas centrais discutidos pelos
representantes dos bancários e a direção do Itaú Unibanco em
negociação realizada na tarde desta quinta-feira, dia 12. Durante a
reunião, o Sindicato reforçou que não aceita demissões e fez
duras críticas às condições de trabalho que estão levando muitos
bancários ao adoecimento.

“O Itaú é hoje um dos líderes
em doenças ocupacionais, justamente pela falta de condições de
trabalho. Além da visível falta de funcionários em todas as
agências e departamentos do banco, as metas abusivas têm acabado
com a saúde dos bancários, que têm sofrido muito assédio moral
para vender os produtos e serviços da empresa. Isso é um absurdo e
precisamos rever com urgância a organização laboral do Itaú.
Deixamos isso claro na negociação”, explica o secretário de
Saúde do Sindicato e funcionário do Itaú Unibanco, João Rufino,
que participou da negociação em São Paulo.

Sobre as
demissões, o banco afirmou que vai reativar o Centro de Realocação
interno como forma de aproveitar os funcionários na empresa na
medida que surgirem vagas, evitando, assim, desligamentos. O
Sindicato vai acompanhar o processo e verificar se a medida será, de
fato, eficaz.

Saúde – Outro tema abordado na negociação
foi a saúde. O banco fez uma exposição de como está ocorrendo o
retorno dos bancários afastados por problemas, como acidente de
trabalho e doença ocupacional. A apresentação do programa de
reabilitação profissional do Itaú havia sido reivindicada pelo
Sindicato na última negociação.

Após a apresentação, o
Sindicato apontou as dificuldades encontradas pelos funcionários que
adoecem e passam por perícias médicas. “Nosso objetivo é
reinserir no banco os trabalhadores com sequelas por acidentes ou
doenças ocupacionais. Também queremos o remanejamento do bancário
aos primeiros sinais identificados como sintomas de alguma patologia
relacionada ao trabalho, como forma de prevenção”, afirma Rufino.

O Sindicato e o Itaú voltam a negociar as reivindicações
dos bancários sobre saúde e condições de trabalho nas próximas
semanas, com data ainda indefinida.

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