Emprego cresceu mais entre mulheres em 2010, mas com salários menores

Em 2010, o número de mulheres que ingressaram no
mercado de trabalho foi maior do que o de homens, segundo dados
divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta quarta-feira, dia 11.
No ano passado, a alta foi de 7,28% para elas, enquanto eles
representaram um crescimento de 6,7%.

Os dados constam da
Rais (Relação Anual de Informações Sociais), um retrato ampliado
do emprego formal. Divulgada anualmente pelo governo, inclui
servidores públicos, trabalhadores temporários e avulsos e ainda
informações residuais das empresas, além dos dados de carteira
assinada do Caged.

Apesar das mulheres estarem em maior
número no mercado, os homens ainda ganham os maiores salários.
Enquanto a remuneração média do homem é de R$ 1.876,58, a das
mulheres é de R$ 1.553,44. A diferença é de mais de R$ 300.

O
relatório detalha o número de empregos gerados por sexo, idade e
região do país.

O Norte e o Nordeste foram as regiões do
país que mais criaram empregos. O Nordeste teve um crescimento de
7,93% postos de trabalho, e o Norte apresentou uma alta de 9,9%.

De
acordo com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, esses números podem
ser creditados à construção das usinas Jirau e Santo Antônio. Ele
disse ainda que construção da usina de Belo Monte vai gerar duas
vezes mais postos de trabalho.

“Com a construção de
Belo Monte [os empregos] devem crescer ainda mais nos próximos
quatro ou cinco anos. Isso porque quando algum setor cresce, vários
outros crescem junto, como alimentação, construção civil e
serviços”, disse.

O ministro destacou ainda que o
crescimento no número de empregos na faixa etária de 50 a 64 anos e
acima dos 65 anos. A criação de postos de trabalho para essas
idades teve aumento de 10,28% e 12,77%, respectivamente.

“Existe
uma demanda por mão de obra com experiência, por isso o crescimento
no numero de empregos na faixa de 50 a 64 anos. As empresas estão
preferindo contratar trabalhadores com mais experiência, portanto,
os mais velhos”, destacou.

Levantamento feito pela Folha
com dados do IBGE mostram que o crescimento desta faixa de idade
acontece desde 2003.

Há oito anos, a faixa representava
16,7% da força de trabalho. O percentual subiu para 21,8% na média
do primeiro trimestre de 2011.

Recorde – O Brasil
bateu recorde na criação de emprego formal em 2010, com a geração
de 2,861 milhões de vagas. O maior número apurado até hoje tinha
sido em 2007, com a criação de 1,617 milhão de empregos.

O
crescimento na relação 2009/2010 foi de 6,94%, de acordo com dados
da Rais.

O número de trabalhadores formais no Brasil chegou
a 44,068 milhões e, como reforçou Lupi, esse dado é recorde no
Brasil. Com o acréscimo dos aposentados e pensionistas, o montante
atinge 66,747 milhões.

“Todos os números de 2010 são
recordes, e os de 2011 também serão recordes. Em 2011, chegaremos a
3 milhões de empregos formais”, disse o ministro.

A
Rais traz também o número de empregos gerados durante os dois
mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo os
dados, foram criados 15,384 milhões de postos formais de trabalho de
2003 a 2010.

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