Sindicato exige fim das demissões em negociação com Itaú

Depois da pressão dos
bancários, o Itaú reuniu-se com o Sindicato nesta quarta-feira, dia
27, para discutir, entre outros pontos, as demissões no banco e o
reajuste do plano de saúde. A negociação ocorreu após a forte
mobilização dos funcionários, que promoveram na terça-feira, 19
de abril, Dia Nacional de Luta.

Durante a reunião, o
Sindicato cobrou o banco sobre as demissões que vêm ocorrendo em
todo o país, inclusive em Pernambuco. A empresa apresentou um quadro
no qual estão sendo feitas mais contratações do que demissões.

“O
problema é que faltam funcionários em todas as agências e, mesmo
que haja contratações para substituir os demitidos, isso se chama
rotatividade. E nós, bancários, conhecemos muito bem o significado
desta palavra: achatamento de salários e precarização do emprego”,
diz o diretor do Sindicato, João Rufino.

Os pedidos de
demissão também têm sido grandes no Itaú Unibanco, reflexo da
insatisfação destes trabalhadores com a politica do banco, com as
condições de trabalho, cobrança de metas abusivas, entre outros
pontos.

O Sindicato cobrou
o Itaú Unibanco sobre qual é a política de pessoal adotada pelo
banco. Também deixou claro que irá combater todo e qualquer
processo demissional.

Plano de saúde –
O banco finalmente apresentou a planilha de custos do plano de saúde
solicitada pelo Sindicato. De acordo com os dados, o plano de saúde
atende hoje 199.460 vidas (de funcionários na ativa e dependentes
legais), distribuídas da seguinte forma: Fundação Saúde Itaú –
126.832; Central Nacional Unimed – 47.068; Caberj – 17.651; e
Unibanco Saúde – 7.909.

Pela apresentação, o custeio do
plano tem se dado numa proporção aproximada de 70% por parte do
banco e 30% por parte dos funcionários. Os custos com internação
têm se mostrado o item que mais contribui na sinistralidade do Plano
de Saúde, totalizando 54%.

Estas informações foram cobradas
pelo movimento sindical e são fundamentais para avaliar o reajuste
efetuado unilateralmente pelo Itaú nos valores pagos no plano de
saúde pelos funcionários. “Mas ainda faltaram informações, e já
cobramos do banco”, diz Rufino.

O Itaú Unibanco
reajustou em até 24,61% os valores pagos pelos bancários no plano
de saúde em março deste ano. O aumento foi realizado sem negociação
ou aviso prévio aos trabalhadores. O acordo coletivo que regra o
plano de saúde não foi renovado ainda, sendo necessário esclarecer
as questões relativas ao reajuste aplicado pelo banco primeiramente.

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