Informação para mudar o mundo



Numa
sociedade em que o discernimento crítico não é fomentado algumas coisas
ficam tão naturalizadas ao ponto de soarem como verdades absolutas.
Entretanto, a história da humanidade está repleta de “rebeldes” que
ousaram questionar o inquestionável e, com isso, contribuíram de forma
determinante para o avanço de nossa sociedade.

“Ninguém nasce feito, é experimentando-nos no
mundo que nós nos fazemos (…) Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si
mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.” Esse
pensamento do educador pernambucano Paulo Freire hoje nos parece
bastante aceitável. Todavia, na época em que ele lançou seus ditames em
contraponto ao que chamava de “educação bancária”, modelo no qual o
professor é o único detentor do conhecimento e o repassa para os alunos,
não foi um debate fácil. Hoje podemos afirmar que o aprendizado não é
realizado apenas nas instituições “formais” de educação e no período em
que nelas somos impelidos a ficar. A formação do ser dá-se em todos os
momentos de sua vida e em todos os ambientes por ele frequentados.

Cientes de que as informações e formações
recebidas ao longo da vida determinam de forma preponderante o modo como
faremos a “leitura” do mundo à nossa volta, a Contraf-CUT, a Fetec-NE, a
CUT e o Sindicato dos Bancários de Pernambuco têm feito diversas
parcerias com o intento de investir na formação dos dirigentes sindicais
(veja matéria na página 3). Ao abordar questões históricas,
políticas e econômicas que envolvem o movimento sindical, as relações de
trabalho e especificidades da categoria bancária, os representantes dos
trabalhadores poderão promover um debate mais qualificado e afinado com
os interesses de todos.

Esses cursos nos ajudarão a traçar melhor as metas para
avançarmos cada vez mais. Isso é vital, principalmente para nós que
fazemos parte daqueles que acreditam na possibilidade do trabalho ser
sinônimo de algo produtivo, prazeroso e transformador. Rubem Alves, em
uma crônica sobre o trabalho, bem resume nosso principal anseio: “Poderá
mesmo chegar um dia em que o trabalho maldito seja feito por máquinas.
Haverá, então, um pouco mais de espaço para a realização de fragmentos
do sonho utópico de Marx: o homem indo para o trabalho como o artista
vai para o ateliê, ou como a criança vai para o brinquedo, ou como o
amante vai se encontrar com a namorada”. 

Expediente:
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