Serra, o P-P-P-P, é mentiroso mesmo

Na
noite
de quinta, 15, respondendo a jornalistas no Rio de Janeiro e
também durante minha fala na abertura de ato político com a presença do
governador Sérgio Cabral, repeti que o Serra é mesmo mentiroso quando
fala que foi autor dos projetos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador)
e do seguro-desemprego.

Serra não é ator. Então, é mentiroso.
Prova maior é ele ter dito ontem, numa tentativa de recuar um pouco e
torcer para ninguém notar, que não é mais autor, é “co-autor”.

Sobre ter dito que a CUT é pelega, também
mente. E incorre num discurso da mais empedernida direita. Serra, com a
formação que tem e a experiência política que teve, sabe bem o que é
peleguismo e sabe que a CUT não é pelega. Sabe disso inclusive porque
fomos nós que enfrentamos durante o governo dele e do FHC diversas
tentativas de retirada de direitos dos trabalhadores.

Um dos projetos do Serra/FHC era mexer no
artigo 618 da CLT, que flexibilizaria as regras e abriria uma imensa
avenida para os patrões extinguirem direitos como férias, por exemplo.

Nesse episódio, eles foram derrotados pela
CUT e nossas entidades filiadas, que colocamos mais de um milhão de
pessoas nas ruas, em protesto, no dia 21 de março de 2002.

No governo Lula e da ministra Dilma,
nenhum direito dos trabalhadores foi retirado. Quando houve uma
tentativa patronal para fazê-lo, através da famigerada emenda 3, Lula
ouviu nossa reivindicação e vetou a emenda, em 2006. Tempos depois, a
bancada patronal no Congresso tentou derrubar o veto e fomos para as
ruas de novo, em diversas manifestações, e impedimos o retrocesso.

Parte do atual governo defendia uma
reforma da Previdência que retirasse direitos. Fomos contra,
pressionamos, e o governo entendeu. Inclusive com o Lula, publicamente,
defendendo que o caráter social da Previdência, definido pela
Constituição, derruba a tese de que o sistema é deficitário.

O salário mínimo teve uma série histórica
de aumentos reais porque a CUT e as centrais foram para as ruas, nas
Marchas Nacionais do Salário Mínimo, pressionar a elevação das verbas
para esse fim previstas no orçamento da União.

Os trabalhadores e trabalhadoras públicos
tiverem seus salários recompostos e carreiras reestruturadas porque a
CUT fez greve e mobilização, além de ter sabido construir propostas e
negociar. No governo Serra/FHC, o Estado foi desmantelado. No governo
Lula, houve abertura de concursos.

Aumentou e muito o número de empregos
formais no mercado privado.

Esse breve comparativo já mostra que não
dá pra ter dúvida quanto a quem apoiar. Com a Dilma, esses avanços já
consolidados permanecem, e acredito que será possível dialogar com seu
governo, sensível à pressão popular, em busca de mais conquistas
sociais.

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