A
Caixa Econômica Federal planeja inaugurar um centro cultural no
Recife até o final deste ano. O banco também quer abrir uma unidade
em Fortaleza (CE) e já deu início às obras de um terceiro, em
Porto Alegre (RS). No total, a Caixa irá investir cerca de R$ 40
milhões na reforma, adequação e no aparelhamento dos espaços. O
investimento é direto, sem qualquer estímulo da Lei Rouanet.
As
futuras unidades culturais de Fortaleza, Recife e Porto Alegre vão
se somar às cinco que já funcionam em Brasília (DF), Curitiba
(PR), Salvador (BA), São Paulo (SP) e no Rio de Janeiro (RJ).
Juntos, os cinco espaços atraíram um público de cerca de 1,3
milhão de pessoas em 2010. A unidade mais visitada foi a da capital
paulista que recebeu 622 mil visitantes ao longo do ano
passado.
Segundo o gerente de Marketing Cultural da Caixa,
Gustavo Pacheco, a expansão das instalações faz parte da política
cultural do banco, aprovada no final de 2004. “Em princípio nós
achávamos que os espaços existentes à época davam conta das
necessidades e do volume de dinheiro que podíamos investir. Depois,
verificamos que nessas outras três capitais existiam boas
oportunidades de revitalizarmos prédios, colaborando com a mudança
do perfil das regiões onde eles estão. E por que então não
transformarmos esses prédios em espaços culturais da própria
instituição?”, explicou Pacheco.
Os centros são a face
mais visível da política cultural do banco que investe para
oferecer à população a possibilidade de assistir a filmes, peças
teatrais, shows, exposições e oficinas com entrada gratuita ou a
preços populares. Os centros culturais servem para tentar
democratizar o acesso do público à produção artística brasileira
e também para estimular os artistas e criadores oferecendo espaços
para exibição de trabalhos.
De acordo com Pacheco, a Caixa
não planeja construir outros centros culturais além dos três
novos. “O orçamento é finito e temos que fazer a conta: quanto
mais espaços físicos tivermos, maiores serão nossos gastos com
manutenção. O que vai tirar parte dos recursos que investiríamos
nos eventos e nas ações culturais que realizamos em cidades de todo
o país onde não temos um centro cultural”, declarou o gerente,
citando iniciativas da Caixa como os editais de fomento, o patrocínio
à Orquestra Criança Cidadã Meninos do Coque, de Recife e a
exposição itinerante Galeria Caixa Brasil, que, em novembro de
2010, levou mais de 600 obras de arte às 27 capitais.
Em
Recife –
A Caixa Cultural Recife funcionará num prédio de 2.650 metros
quadrados que era antiga sede da Bolsa de Valores de Pernambuco e
Paraíba. A unidade contará com um cine-teatro, galerias de arte,
museu, salas de ensaios e oficinas de multimídia, um sítio
arqueológico, livraria e área de convivência. Tombado como
patrimônio histórico, o edifício da antiga Bolsa de Valores está
passando por uma ampla reforma, mas a instituição promete preservar
as características históricas da construção.