Balanço 2010 da Funcef confirma que reajuste dos aposentados poderia ser maior

A
Funcef divulgou, na última sexta-feira, em seu site matéria onde
detalha os dados do balanço financeiro de 2010, que foi aprovado
pelo Conselho Deliberativo no dia 30 de março. Os números apontam
para o aumento significativo de rentabilidade, que segundo a
Fundação, ficou bem acima da média do conjunto de fundos de
pensão. As informações sobre o desempenho da Funcef vêm reforçar
o que as representações dos associados já haviam dito
anteriormente: o reajuste concedido aos aposentados poderia ter sido
maior.

Os dados destacados pela Funcef revelam rentabilidade,
em 2010, de 16,84%, ou seja, 4,52% acima da meta atuarial de 12,32%
(INCPC+ 5,5%). A Fundação encerrou o ano com patrimônio total de
R$ 43,8 bilhões, 12,66% com relação a 2009, cujo ativo total era
de R$ 38,8 bilhões.

O superávit acumulado foi de R$ 460
milhões, sendo R$ 242,3 milhões para o REG/REPLAN, modalidade
saldada, R$ 144,2 milhões para o REG/REPLAN, modalidade não saldada
e R$ 75,9 milhões para o REB. O Novo Plano apresentou déficit de R$
1,7 milhão por não ter atingido a meta atuarial e por
provisionamentos contingenciais.

Segundo a Funcef, “a
adequada gestão dos investimentos permitiu que o seu patrimônio
quadruplicasse nos últimos oito anos (em 2002, era de R$ 9,7
bilhões)”. Os números do balanço da Funcef revelam que os
investimentos tiveram rentabilidade positiva com resultado que chegou
a casa dos R$ 6 bilhões. A carteira imobiliária fechou o ano com
rentabilidade de 19,26%, o que segundo a Fundação, superou as
expectativas.

Na renda fixa, que obteve retorno de 14,24%, o
resultado positivo foi consequência do alongamento da carteira com
aquisição de títulos públicos indexados à inflação e da gestão
desses ativos em carteira própria. A carteira de empréstimos e
financiamentos obteve retorno de 15% no ano passado.

Como
medidas prudenciais, houve a constituição do fundo para redução
de taxa de juros com recursos da ordem de aproximadamente R$ 554,7
milhões.

No entanto, apesar desses números, por meio de
voto de minerva, a patrocionadora impôs o menor reajuste possível
(2,33%) aos benefícios dos aposentados e pensionistas, votando
contra o reajuste de 3,57% índice que já havia sido aprovado pela
Diretoria Executiva da Fundação.

As representações dos
empregados caracterizam a atitude da Caixa como boicote à regra
contida no parágrafo segundo do artigo 115 do regulamento do
REG/Replan saldado, pela qual é permitida a utilização de até 90%
do resultado excedente em relação à meta atuarial de cada
exercício, para composição do Fundo de Revisão de Benefícios
Saldados.

Na última sexta-feira, dia 8 de abril, a Fenae e a
Fenacef encaminharam à Caixa e a Funcef ofício repudiando o voto
dos representantes da empresa no Conselho Deliberativo da Funcef. No
documento, as entidades destacaram que o “índice de 3,57%
surgiu após um amplo debate no Fórum de Dirigentes de Entidades e
Representantes Eleitos da Funcef. Não se trata de algo impensável,
inexeqüível, fora de propósito. O fórum posicionou-se
favoralmente ao que já havia sido aprovado pela Diretoria Executiva
da Fundação: 76,5% do excedente da meta atuarial- bem abaixo dos
possíveis 90% previstos nas regras do fundo”.

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