Mensagem aos jovens bancários e bancárias

Em 2008 comemoramos os 40 anos daquele importante Maio de 68 em
Paris, no qual jovens das mais diversas classes uniram-se numa luta
contra o autoritarismo e a violência; naquele mesmo ano se instalava no
Brasil o AI-5 (período mais tenebroso da Ditadura militar) e nossos
jovens tiveram de intensificar sua luta pela liberdade em nosso país. No
ano passado celebramos também os 20 anos da promulgação da nossa
Constituição Federal – Responsável por implantar legalmente a volta da
Democracia ao solo brasileiro.

Todas essas ações que geraram mudanças importantíssimas em toda vida
social mundo afora, foram ora produzidas, ora fortalecidas pela
juventude que, organizada nas mais variadas instituições e ideologias,
tinha em comum o desejo de construir uma realidade mais justa e
igualitária, além da coragem para lutar por isso.

Na nossa realidade atual é comum encontrar jovens formando coro para o
que proclama a canção de Cazuza: “Ideologia? Eu quero uma pra viver!”
numa afirmação veemente de que as ideologias do passado ficaram por lá.
Talvez seja verdadeiro que as grandes motivações daquela época tenham se
dissipado, mas há outras… Talvez mudar o mundo seja uma quimera assaz
distante, entretanto há uma realidade bem presente que com certeza
precisa ser melhorada. Em nossas casas, bairros, cidades, no trabalho ou
lazer há coisas para serem defendidas ou melhoradas as quais dependem
em muito de nós.

O Sindicato é um desses espaços ímpares no qual podemos exercer nossa
cidadania e tentar melhorar nossas realidades e perspectivas, não
apenas no trabalho, mas na vida como um todo.

Entretanto, para que isso aconteça, é extremamente necessário “tomar
conta” desse lugar – participar, opinar, questionar, propor, cobrar,
organizar, ajudar, ou seja, assumir para si uma parte do trabalho que é
desenvolvido lá.

Foi nessa expectativa que a CHAPA 3 – Renovação, Luta e Democracia
(Agora Nova Diretoria eleita do Sindicato dos Bancários de Pernambuco)
aglutinou em torno de si a valiosa experiência dos mais antigos e a
juventude dos(as) novos(as) bancários(as). Agora, já ultrapassado o
campo das promessas de campanha, chegou a hora de mostrar essa renovação
e os benefícios que ela poderá trazer ao nosso sindicato.

Todavia, a tarefa de construir um sindicato forte, democrático,
representativo e combativo é bastante árdua para ser delegada apenas aos
dirigentes. É papel de todos os(as) bancários(as) – aqueles que têm
muito a acrescentar com sua experiência, mas também, e diria até
principalmente, dos jovens com toda uma carreira pela frente e a quem
cabe defender os direitos adquiridos anteriormente e legar novos aos que
virão. Esse é o papel daqueles que não desejam apenas passar pela vida,
mas sim deixar marcas e construir uma bela história.

Não acredito que o vigor da juventude, aquele que foi crucial para
derrubar a ditadura e fazer o impeachment de Collor, por exemplo,
acabou. Ele apenas está adormecido ou sufocado pela louca correria do
dia-a-dia. Vamos despertá-lo do seu sono profundo! Porque se “nossos
heróis morreram de overdose” é hora de construir novos, ou, ousemos,
sejamos nós os próximos heróis; não aqueles com super poderes, mas sim
os super poderosos que somos no nosso cotidiano.

Parafraseando Lennon, digo: Sei que sou uma sonhadora, mas com
certeza não só a única; e é com os demais sonhadores que conto para
construir o sindicato que queremos!  

E já que estamos no campo das canções vou convocá-los com as belas
palavras de Beto Guedes e Ronaldo Bastos: “Anda, quero te dizer nenhum
segredo. Falo desse chão, da nossa casa. Vem que tá na hora de arrumar!
(…) Vamos precisar de todo mundo pra banir do mundo a opressão! Para
construir a vida nova vamos precisar de muito amor (…) Vamos precisar
de todo mundo, um mais um é sempre mais que dois.”

Expediente:
Presidente: Fabiano Moura • Secretária de Comunicação: Sandra Trajano  Jornalista ResponsávelBeatriz Albuquerque • Redação: Beatriz Albuquerque e Brunno Porto • Produção de audiovisual: Kevin Miguel •  Designer Bruno Lombardi