A
oitava rodada de negociação específica da Campanha Nacional 2024, realizada
nesta quinta-feira (22) entre a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco
do Brasil (CEBB) e os representantes do banco, embora não tenha apresentado
propostas concretas que atendam as expectativas do funcionalismo, sinalizou uma
série de avanços. Mas, conforme o BB esclareceu, é necessário aguardar a mesa
única da Fenaban caminhar.
O banco assumiu o compromisso com a volta dos vigilantes, já a partir de
setembro, em todas as unidades de varejo, independentemente de ter numerário ou
não. O BB disse que os funcionários e clientes são valiosos, por isso os
vigilantes estarão em todas as unidades de varejo”. Esta é uma
reivindicação do movimento sindical, que considera fundamental a presença
desses profissionais para resguardar o funcionalismo, além de proporcionar um
sentimento de segurança entre a população.
A
dirigente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco e representante do Nordeste
na CEBB, Sandra Trajano, reforça o compromisso de permanecer firme na defesa
dos direitos e na busca por novas conquistas para categoria.
“Várias rodadas de negociações já aconteceram e só agora que começamos a evoluir em nossas
demandas, porém, ainda é muito pouco e não atende nossas expectativas.
Queremos que o Banco do Brasil traga algo concreto, que possa ser debatido com
clareza entre os representantes do banco e os da nossa categoria”, comenta
Sandra.
A
coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes, destacou a relevância desta decisão do
BB, “bem diferente do que ouvimos na outra mesa, porque o que pedimos é isso,
cuidado com a vida das pessoas, uma vez que sempre ressaltamos que elas valem
mais do que o patrimônio”.
Sobre o banco de horas negativas adquiridas durante a pandemia da covid, tema
abordado na mesa anterior, o BB fez a proposta de abono para quem ainda tem
horas a compensar. Além dos funcionários com 60 anos ou mais e os pais que
tenham filhos com alguma deficiência, hoje incluíram os funcionários que eram
do grupo risco da covid e que tiverem feito mais de 70% até maio (quando
encerra o acordo de covid), terão o restante abonado. E os funcionários
afastados por licença à saúde também terão as horas anistiadas.
A Comissão insistiu sobre a importância de anistiar todos os colegas que estão
efetivamente trabalhando diariamente e não conseguem zerar essas horas.
“Continuamos pedindo anistia de horas covid para todos os funcionários. Também
destacamos principalmente a questão das mães solo e de pais com crianças ainda
em idade escolar, que não têm com quem deixá-las, e ficar fazendo mais horas”,
aponta a coordenadora do CEBB.
Os representantes do BB informaram sobre o lançamento do programa Equilibbra,
para solucionar a questão do endividamento do funcionalismo, uma antiga
preocupação do movimento sindical. Pesquisa realizada pela Contraf-CUT mostra
que a categoria é extremamente endividada.
Teto
PLR
Sobre
a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), foi reforçada a cobrança do fim
do teto, porém o banco novamente alegou que não há essa possibilidade. Disse
que a PLR do BB é muito diferenciada das demais instituições financeiras, com
patamares bem superiores, inclusive das estatais.
O BB também informou que apresentou uma proposta de aumento de PLR para os
contínuos (que hoje são 140 no banco). Eles passarão a receber a mesma dos
escriturários.