
Nenhuma proposta de reajuste e a retirada de direitos em vários itens da Convenção Coletiva de Trabalho. Essa foi a proposta apresentada pela FENABAN no começo da 8ª rodada de negociações da Campanha Nacional dos Bancários, nesta terça-feira (20). O Comando Nacional dos Bancários prontamente negou, cobrando proposta de aumento real para a categoria. A negociação foi interrompida e será retomada às 14h30.
“Os bancos ainda propuseram a retirada de direitos em vários itens, como para as pessoas afastadas por motivo de doença, na PLR e nos vales alimentação e refeição. Rejeitamos qualquer proposta que retira ou reduz direitos. Exigimos da Fenaban que retirem essas propostas e apresentem uma proposta econômica decente agora à tarde”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Fabiano Moura, que acompanha a negociação em São Paulo.
Dos 8.809 setores no país que fizeram negociações salariais, neste ano, 86% tiveram aumento real. entre 2003 e 2023, o lucro líquido dos maiores bancos no Brasil cresceu 169% acima da inflação. Além dos lucros, os bancos sempre mantiveram rentabilidade significativa no país, mesmo em momentos de crise, com crescimento médio de 15% acima da inflação. Além disso, atualmente, 82% do crédito brasileiro e 81% dos ativos do setor financeiro estão nas mãos dos bancos.
As negociações entre o movimento sindical bancário e a Fenaban, para a renovação da CCT, começaram em 18 de junho e a data base da categoria é em 1º de setembro. As principais reivindicações deste ano para remuneração da categoria são:
• Reajuste salarial que corresponda à reposição pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%.
• Melhoria nos percentuais da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
• E melhorias nas demais verbas, incluindo tickets alimentação e refeição, auxílio creche e auxílio babá.
Os trabalhadores reivindicam ainda:
• Fim da gestão por metas abusivas, que tem gerado adoecimento na categoria;
• Reforço dos mecanismos de combate ao assédio moral e sexual;
• Direito à desconexão fora do horário de trabalho;
• Direito às pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes;
• Suporte aos pais e mães de filhos com deficiência;
• Mais mulheres na TI;
• Combate à terceirização e garantia de empregos;
• Jornada de trabalho de quatro dias;
• Ampliação do teletrabalho.