
Saúde e condições de trabalho foram os temas centrais da quinta mesa de negociação específica da Campanha Nacional 2024 para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Banco do Brasil, realizada na manhã desta sexta-feira (19), em São Paulo.
A primeira reivindicação debatida foi a situação dos funcionários incorporados, como Nossa Caixa, Banco do Estado de Santa Catarina e Banco do Estado do Piauí, que continuam sem a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) e sem a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ).
“Os colegas aguardam há 15 anos solução por parte do BB para que possam ingressar na Cassi e na Previ. Essa é uma questão de isonomia. Para a Cassi receber este público, é necessário aporte do banco. Enquanto para a Previ, com a atualização da tabela PIP, surgiu uma possibilidade de entrada, faltando apenas aprovação na PREVIC . Também temos que rever a atualização da CGPAR 52 que mexe com este tema”, afirma a representante do Nordeste na CEBB, Sandra Trajano.
No segundo ponto debatido, o banco apresentou o Programa Saúde Mental, ancorado em cinco pilares, com diferentes ações e níveis de prevenção, para tratar o funcionário de forma integral. A ideia é abordar a saúde mental sob diversos aspectos, desde a tríade “atividade física + alimentação saudável + consciência plena” até consultorias especializadas em ergonomia para todos os times, apoio psicológico para os funcionários e o desenvolvimento de ações exclusivas para capacitar as lideranças sobre a importância do tema.
“Também levamos à mesa a situação dos novos contratados, que continuam sem o direito à Cassi no pós-laboral. Isso é um assunto muito sério que tem impacto direto na vida dos nossos colegas recém contratados e precisamos de um posicionamento do Banco do Brasil. Além disso, exigimos dados do PCSMO referente ao adoecimento como um todo e ao adoecimento mental dos funcionários do BB”, pontuou Sandra.
Segundo os representantes da instituição financeira, já foram realizados mais de 40 mil atendimentos de apoio complementar aos funcionários em seus tratamentos psicoterapêuticos, pela plataforma on-line.
Outra reivindicação apresentada pelos representantes dos trabalhadores é que, em caso de concessão de auxílio-doença previdenciário ou auxílio-doença acidentário, pela Previdência Social, seja assegurada ao funcionário, incluindo os egressos de bancos incorporados, complementação salarial em valor equivalente à diferença entre a importância recebida do INSS e a remuneração total recebida pelo trabalhador, como salários, comissões, gratificações, adicionais, PLR, como se na ativa estivesse, até a cessação do auxílio-doença.
Durante a reunião, o banco anunciou a ampliação de dependentes para herdeiros, inventariantes e dependentes cadastrados na Previdência Social no auxílio funeral.
A próxima reunião será no dia 7 de agosto e debaterá a cobrança de metas.