
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, responsável pelas negociações do acordo específico com o banco, entregou, no dia 10 de junho, a minuta de reivindicações. A pauta foi aprovada durante o Encontro Nacional dos Funcionários do Santander, que ocorreu no último dia 6, em São Paulo.
A representante do Nordeste na COE Santander, Tereza Souza, ressalta que a reunião é o início das negociações do Acordo Coletivo de Trabalho específico dos bancários do Santander. “Demos o primeiro passo com a entrega do documento ao banco. Este aditivo à CCT da nossa categoria vem com previsão de vigência para o próximo biênio. Estamos prontos para defender nossos direitos e ir em busca de outras conquistas importantes para nossa categoria”, comenta Tereza.
Na ocasião, a vice-presidente de RH do Santander, Germanuela de Almeida de Abreu, recebeu a minuta de reivindicações. O documento também foi recebido pela superintendência de RH Sindicais do banco, representada por Marcelo Couto.
De acordo com a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE/Santander), Wanessa Queiroz, foi apresentado o pedido de calendário, para estabelecer as negociações a partir do próximo período. Ela ressaltou que a minuta é composta por três blocos: “o primeiro bloco é das cláusulas vigentes do acordo atual, que tem duração até 31 de agosto de 2024; o segundo bloco, das cláusulas oriundas dos funcionários e funcionárias do banco Banespa; e o terceiro são de cláusulas novas, construídas para encaminharmos as discussões e também as negociações para a renovação da minuta deste ano”, completou Wanessa.
Junto com a minuta, os trabalhadores entregaram ao banco um pré-acordo de garantias, assinado por todas as federações sindicais que compõem a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), e inclui Feeb-SP/MT e a Afubesp. O termo é fundamental para a manutenção de todos os direitos e conquistas do acordo vigente, tanto nas cláusulas sociais e econômicas quanto nas sindicais, até que seja assinado um novo acordo.
“Os representantes do banco destacaram que a empresa tem a expectativa de realizar uma alteração no acordo vigente, no que diz respeito ao pagamento da PPRS, para que possa ser compensada da PLR, como é praticado por algumas outras instituições. Nós enfatizamos a importância da manutenção dessa conquista aos trabalhadores que construíram e constroem os resultados do banco. Além disso, o banco Santander tem inúmeros incentivos fiscais no pagamento dos seus tributos. Portanto, parte desse valor deveria ser revertido com a distribuição linear para todos os seus trabalhadores no Brasil”, completou a representante da COE.
Nesta campanha, os trabalhadores irão priorizar ainda a cobrança ao banco para que isente totalmente as tarifas cobradas dos empregados. “O Santander é o único banco do país que cobra tarifa de seus funcionários. E deveria, também, assim como os demais, isentar as tarifas e reduzir juros cobrados dos funcionários”, afirma a representante do Nordeste, Tereza Souza.
Os trabalhadores também pedem, na minuta, a redução de jornada para quatro dias e medidas de inclusão de direitos aos pais e funcionários com deficiências (PcDs) e neurodivergentes.
Termos de compromisso: Cabesp e Banesprev
Anexa à minuta, existem dois termos de compromisso, um da Cabesp e outro do Banesprev. “Estamos falando de importantes direitos garantidos e negociados pelo movimento sindical, desde a privatização do Banespa. É fundamental que o banco continue com as suas responsabilidades econômica e social para com todos os funcionários, da ativa e os aposentados. É fundamental o banco avançar para uma negociação construtiva e que valorize todos os empregados no Brasil, na questão da previdência bem como nos planos de saúde”, ressaltou Wanessa.