
No próximo dia 26 de abril, um reajuste de salário de 57% pode ser somado ao valor que a atual presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, já recebe. A notícia divulgada pelo portal Uol repercutiu negativamente entre as trabalhadoras e trabalhadores do Banco do Brasil. Diante da possibilidade ventilada, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco cobra diálogo do BB com os representantes dos funcionários, acompanhando o posicionamento da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB).
Uma reunião foi solicitada pela CEBB ao banco para esta quarta-feira (24), tendo como proposta de pauta o Plano de Cargos e Remuneração e os Planos de Funções.
Para representante do Nordeste na CEBB, Sandra Trajano, o BB deve respostas aos funcionários, que foram surpreendidos pela notícia do aumento dos salários para altos cargos. Além do salário da presidenta do Banco do Brasil, também podem ser aumentados os salários de todo o Conselho Diretor do Banco.
“A proposta de ampliação dos salários da diretoria não foi apresentada ao movimento sindical. Temos graves problemas internos relacionados à remuneração e encarreiramento dos funcionários. Por isso, exigimos respostas para nossas demandas centrais, como o Plano de Cargos e Remunerações, o fim da cobrança excessiva de metas e o fim do Performa”, comenta Sandra.
O Sindicato dos Bancários de Pernambuco ressalta que além da defasagem, existem distorções salariais entre pessoas que exercem o mesmo cargo. É preciso que haja uma negociação justa no sentido de realizar alteração, entre outras coisas, no Plano de Funções e, também, nas formas de remuneração variável, como no Programa de Desempenho Gratificado (PDG), que é distribuído para uma parcela pequena e impacta diretamente o custo da folha de pagamento, causando um notório desequilíbrio interno.
“O BB bateu recordes históricos de lucro, fruto do empenho dos bancários, e esta foi uma das justificativas para proposição de aumento dos salários do conselho diretor. Mas, entendemos que o papel do banco público não é pagar dividendos e se submeter à lógica perversa do capital especulativo, que massacra os trabalhadores e adoece. O BB deve contribuir para o desenvolvimento social e econômico do país”, aponta Fabiano Moura, presidente do Sindicato.