Mulheres bancárias avançam nas ações para promoção da igualdade de gênero

A Secretaria de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) realizou no dia 27 de março, o seminário “Conquistas e desafios das mulheres bancárias”, na sede da entidade, em São Paulo. Dois dias antes, o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) se reuniram para o lançamento de duas cartilhas de combate à violência de gênero: “Sexo Frágil – Um manual sobre a masculinidade e suas questões” e “Como conversar com homens sobre violência contra meninas e mulheres”. O Sindicato dos Bancários de Pernambuco esteve presente nas atividades, que integram as ações ligadas às lutas pelos direitos das mulheres neste mês de março. 
A Secretária da Mulher do Sindicato, Alzira Cavalcanti, frisou que o Seminário “foi fundamental para o fortalecimento da organização e da luta das mulheres bancárias, assim como para a valorização do histórico de protagonismo da categoria no avanço e combate à desigualdade de gênero. Saímos mais fortalecidas para seguir na luta antipatriarcal”, destaca.
Além dela, estiveram presentes as dirigentes da base de Pernambuco, Sandra Trajano (Sec. Comunicação), Diana Ribeiro (Sec. Ramo Financeiro), Tereza Souza (Fetrafi-NE) e Kátia Cadena (Contraf-CUT). O Seminário debateu as mulheres na construção do movimento sindical bancário; a conjuntura e desafios na categoria e nas cidades, para a construção de um novo Brasil. Na ocasião, também foi lançado o material “Avançamos Juntas!”, que resgata as conquistas de um Comando Nacional plural e unitário, como a mesa de Igualdade de Oportunidades, artigos na CCT e a presença das mulheres nas negociações com os bancos.
Já no lançamento das cartilhas, que são fruto de um trabalho de mais de 20 anos, marcado a partir da instauração da mesa de Igualdade de Oportunidades, a secretária-Geral do Sindicato, Cândida Fernandes, representou as bancárias de Pernambuco.
As cartilhas publicadas fazem parte do Programa Nacional de Iniciativas de Prevenção à Violência Contra a Mulher, de conscientização e combate à violência de gênero, lançado em 2023 e conquista das bancárias, na luta contra o assédio no ambiente de trabalho e na sociedade. 
A publicação “Sexo Frágil – Um manual sobre a masculinidade e suas questões” foi desenvolvida pelo Instituto Maria da Penha (IMP) e Virtus – Defesa Social, Segurança Pública e Direitos Humanos. Enquanto a cartilha “Como conversar com homens sobre violência contra meninas e mulheres”, escrita por Viviana Santiago, foi desenvolvida pelas organizações Papo de Homem e Instituto PDH. 
“É fundamental o diálogo com os homens neste processo de desconstrução do machismo e de combate à violência contra as mulheres. Então, a cartilha será uma importante ferramenta para este projeto, que busca capilaridade em todo o país, dentro e fora dos bancos”, afirma a dirigente da Fetrafi-NE e secretária Geral do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Cândida Fernandes, que participou do lançamento, em São Paulo.
O lançamento ocorreu no mesmo dia da divulgação do 1º Relatório Nacional de Transparência Salarial, em Brasília, que tem como princípio mostrar o retrato real do país, por região, para criar políticas e reduzir as desigualdades remuneratórias entre mulheres e homens.
De acordo com os dados do boletim especial divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), as mulheres ainda recebem cerca de 22% menos que os homens no mercado de trabalho. “Essa desigualdade cresce conforme aumenta a escolarização, evidenciando que a mulher é desvalorizada no mundo do trabalho, ainda que invista para melhor atender as demandas do mercado”, destaca Sandra Trajano.
PROJETO BASTA! NÃO IRÃO NOS CALAR
A Secretária da Mulher do Sindicato, Alzira Cavalcanti, reforçou que o movimento sindical também criou, em 2019, o canal Basta! Não irão nos calar!, de suporte jurídico às mulheres vítimas de violência doméstica. “Implementamos este canal também em Pernambuco, e estamos reforçando a campanha no Estado. Nas próximas semanas, vamos iniciar ciclos de conversa exclusiva para as mulheres bancárias, nos locais de trabalho, para estreitar essa relação e ampliar a divulgação do canal de denúncia. É fundamental que a sociedade compreenda a necessidade do combate ao assédio contra a mulher, em todos os espaços”, afirma Alzira Cavalcanti.

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