Sindicato denuncia falta de seriedade do Banco do Brasil com a segurança dos trabalhadores

Neste mês de outubro, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco recebeu denúncias sobre as medidas adotadas pelo Banco do Brasil, diante dos registros de um sequestro consumado e uma tentativa de sequestro, envolvendo funcionários e familiares no Interior do Estado. Após verificar que a conduta adotada pelo banco é insuficiente para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores vítimas da violência, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco cobra a retomada de protocolos de segurança no BB.
Na avaliação do Sindicato, a Superintendência do Banco do Brasil não tem tratado a questão da segurança com seriedade, priorizando a lógica do mercado na busca por lucro. “A produtividade não pode estar acima da vida dos trabalhadores. É absurdo o banco tratar como natural um caso de sequestro envolvendo funcionários, não oferecer suporte psicológico para os demais trabalhadores que também são impactados indiretamente pela situação e seguir a dinâmica de trabalho, com cobrança de metas, como se nada tivesse ocorrido”, critica o presidente do Sindicato, Fabiano Moura, que realizou reunião com os bancários da unidade em questão, no local de trabalho. 
Na ocasião da visita, o Sindicato orientou a todos que realizem a abertura da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), para se prevenir diante da possibilidade de desenvolvimento de transtornos e distúrbios psicológicos decorrente do trauma.
Além da saúde dos trabalhadores, a segurança é uma preocupação permanente da entidade, em especial quando a fragilidade da segurança pública do Estado impacta diretamente à categoria, que se torna alvo de ações criminosas. 
“Apesar do risco iminente de violência, o BB está implementando a retirada de vigilantes em unidades bancárias. Essa já é uma medida que estamos lutando para impedir, pois sabemos do risco que isso representa para os bancários. Sobre os casos recentes de violência envolvendo os funcionários, cobramos uma reunião que envolva todas as áreas, a Gepes, o Setor de Segurança e a Superintendência, para retomarmos os protocolos de segurança que foram abandonados pelo BB, pois é imprescindível que a vida das pessoas seja priorizada em detrimento do lucro”, afirma a representante do Nordeste na CEBB, Sandra Trajano. 
Os episódios de violência envolvendo os funcionários não foram informados pelo banco ao movimento sindical, que só tomou conhecimento dos casos através da denúncia dos funcionários. O Sindicato já solicitou a agenda para reunião com os representantes do banco e aguarda o retorno do BB para dar prosseguimento as tratativas sobre a segurança dos bancários.

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