
A Contraf-CUT, auxiliada pela Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB), esteve reunida com a direção do Banco do Nordeste para mais uma rodada da mesa permanente de negociação. A reunião foi a primeira comandada pela nova diretora de Administração e TI, Ana Teresa Barbosa de Carvalho, mas ainda assessorada pelo ex-diretor Haroldo Maia Jr.
“A reunião debateu muitas pautas que dizem respeito ao funcionalismo e o banco se comprometeu em analisar. Cobramos, por exemplo, soluções para o Convergente, pois recebemos reclamações dos analistas de projetos e técnicos de campo. O Banco ficou de averiguar as inconsistências e trazer um retorno, e disse estar aberto para fazer os ajustes necessários”, informou Rubens Nadiel, dirigente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco e membro da CNFBNB.
A Comissão Nacional também cobrou o Banco, mais uma vez, a redução da jornada para pais com filhos com necessidades especiais. O Banco informou que está formulando uma proposta que englobe pais com filhos com qualquer tipo de deficiência.
Sobre a situação dos funcionários que ainda têm horas a pagar decorrentes do período da pandemia, o Banco disse que fará um levantamento de quem ainda deve horas e vai analisar os casos pendentes. A CNFBNB deseja a extensão do prazo para pagamento das horas. Os sindicatos cobraram também o quantitativo de horas extras realizadas pelo funcionalismo do banco, por estado, no período de setembro/22 a agosto/23.
Além disso, cobrou uma resposta do Banco sobre a realização de horas extras para quem está em trabalho híbrido quando estiver trabalhando na unidade. O Banco disse que ainda está debatendo a questão. Com relação ao concurso público anunciado anteriormente, o Banco informou que aguarda algumas definições da direção para lançar o edital em breve.
A CNFBNB solicitou uma solução a respeito do seguro prestamista e da renegociação de dívidas, na busca de uma solução para resolver, ou pelo menos, minimizar o endividamento dos funcionários. O Banco informou que deve fazer uma campanha de educação financeira, além dos canais de renegociação que já dispõe.
REPÚDIO
Na reunião houve a cobrança de uma solução definitiva para o caso do bancário e diretor do Sindicato dos Bancários de Alagoas, Petrúcio Lages. Perseguido político na época da ditadura e anistiado, Petrúcio foi demitido pela quarta vez, mesmo com decisão positiva em ação de reintegração no Tribunal Superior do Trabalho (TST). A ação ainda cabe recurso. Petrúcio é o bancário mais antigo em atividade no Brasil, e sua história é marcada por uma luta incansável desde 1964, quando foi sumariamente demitido do BNB, logo após o golpe militar.